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Brasil patrocinará programa de estudos em Washington

Agência do governo investirá US$ 300 mil em série de debates públicos na capital dos EUA, onde presença brasileira ainda é modesta

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

A Apex, a agência de promoção comercial e investimentos do governo brasileiro, vai patrocinar um programa de estudos e debates sobre o Brasil em um dos maiores centros de estudos ("think tanks") de Washington.

O CSIS (Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, na sigla em inglês) promoverá, a partir de abril e até o final de 2015, uma série de 16 debates públicos dentro de um programa chamado Iniciativa Brasil.

O lançamento será em 1º de abril, com um evento sobre inovação e tecnologia brasileira. Outros temas debatidos serão energia, ambiente, comércio e a política internacional do país.

"Nossos concorrentes dos Brics fazem muito isso nos EUA. É promoção comercial, mas fugindo das ações tradicionais", disse à Folha a diretora de gestão corporativa da Apex, Tatiana Porto.

"Queremos criar um ambiente favorável para o Brasil entre formadores de opinião nos EUA. Há muita rotatividade entre esses centros de estudo em Washington e o governo americano. Hoje eles pesquisam, amanhã eles estão à frente das decisões", acrescentou Porto.

Reportagem da Folha publicada em dezembro do ano passado mostrava como a presença brasileira é modesta na capital americana. Outros países emergentes, como Índia, China, Turquia e México, patrocinam vários centros de estudos e pesquisas em universidades. O Brasil só tinha um programa similar no Wilson Center.

De acordo com o ranking dos "think tanks" feito pela Universidade da Pensilvânia, o CSIS é o terceiro mais influente do país (depois de Brookings e Carnegie) e é considerado o mais importante em temas de segurança e defesa. Acaba de se mudar para uma nova sede, que custou US$ 100 milhões.

O CSIS prepara constantemente pesquisas encomendadas pelos departamentos [ministérios] de Energia, de Defesa e de Estado.

Washington possui 395 centros de estudos --o Brasil inteiro tem 81, de acordo com o ranking da Universidade da Pensilvânia.

"Há uma falta de atenção com o Brasil por aqui, então precisamos construir conhecimento sobre o país", diz Carl Meacham, 42, diretor de América Latina do CSIS, que vai cuidar da programação da Iniciativa Brasil.

"Não vamos falar só para latino-americanistas ou brasilianistas. Queremos falar sobre áreas que interessem aos americanos, nas quais o Brasil possa acrescentar valor ao debate, de mobilidade social e energias renováveis."

Americano de origem chilena, Meacham foi por 12 anos assessor na Comissão de Relações Exteriores do Congresso dos EUA e trabalhou com o senador Dick Lugar.

O programa custará à Apex US$ 300 mil em 2014 e 2015. A agência avaliará uma possível renovação em 2016.


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