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Porta-voz da austeridade, japonês vence o Pritzker

Shigeru Ban, famoso por obras de papel, recebe maior prêmio da arquitetura

Autor criou desenho de nova sede do Museu da Imagem e do Som, no Rio, mas perdeu para escritório dos EUA

SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO

Um ano depois de dar ao japonês Toyo Ito o maior prêmio da arquitetura mundial, o júri do Pritzker acaba de anunciar outro nome do país asiático como grande vencedor deste ano. Shigeru Ban, famoso por suas estruturas em papel, é o eleito da vez.

"Receber esse prêmio é uma grande honra e, com isso, preciso ter cuidado", disse Ban, 56, em nota oficial divulgada pelo Pritzker. "Vejo o prêmio como estímulo para continuar a fazer o que faço sem mudar quem eu sou."

Desde os anos 1990, Ban vem ganhando cada vez mais reconhecimento mundial, em especial na ressaca da crise econômica, que paralisou as obras megalomaníacas que marcaram o início do século.

Suas construções de baixo impacto ambiental, ou seja, estruturas leves e descartáveis, viraram símbolo de uma onda de austeridade que varreu a arquitetura mundial.

Ele foi consultor das Nações Unidas para projetos em áreas afetadas por desastres. E sua obra é vista pelo prisma da ação humanitária.

Uma igreja escorada por colunas de papelão que ele construiu em Kobe, no Japão, virou uma espécie de manifesto arquitetônico depois do terremoto que arrasou aquela cidade em 1995.

Entre seus projetos de maior envergadura está a filial do Pompidou em Metz, no norte da França. Inspirada no formato de um chapéu, a construção de 2010 foi estruturada a partir de uma grelha ondulante de madeira e mantém a marca mais expressiva de Ban, a abertura total do espaço interno para o externo.

Na construção da obra, há seis anos, Ban disse em entrevista à Folha que aquele era seu projeto mais difícil. "Queria um prédio aberto ao público, não uma escultura estanque", disse Ban. "Era algo que envolvesse o entorno."

Ele projetou algo semelhante como proposta para a nova sede do Museu da Imagem e do Som, que está sendo construída no Rio, mas perdeu o concurso para o projeto enviado pela firma americana Diller Scofidio + Renfro.

Nos Estados Unidos, ele constrói a nova sede do Aspen Art Museum, projeto com galerias de vidro móveis.

Outra obra de grande impacto foi uma casa em Tóquio com cortinas no lugar das paredes, criando uma arquitetura fluida e aberta à cidade. A casa foi construída em 1995.


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