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China blinda pontos estratégicos de Pequim

Governo posiciona veículos em cruzamentos importantes da capital, às vésperas de aniversário de massacre

Venda de combustíveis também é restrita, como forma de evitar atos como imolações e ataques incendiários

MARCELO NINIO DE PEQUIM

A polícia chinesa começou a posicionar 150 veículos blindados em pontos estratégicos de Pequim, numa nova operação de combate ao terrorismo que inclui também maior controle da venda de gasolina.

A segurança foi intensificada em todo o país depois de dois atentados recentes em estações de trem. No mais grave, em março, 29 pessoas morreram esfaqueadas na estação de Kunming.

O governo culpou separatistas de origem uigur, uma etnia muçulmana que se concentra na província de Xinjiang, noroeste da China.

Nas últimas semanas, 232 pessoas foram presas em Xinjiang, acusadas de disseminar vídeos com mensagens terroristas, informou o jornal estatal "Global Times".

O governo local bloqueou todas as redes sociais, incluindo o que atualmente é o campeão de popularidade na China, o sistema de mensagens de celular WeChat.

Os blindados ficarão nos principais cruzamentos da capital chinesa. Cada veículo terá nove homens e cobrirá uma área de 3 km.

A operação também afeta o comércio de combustível: quem comprar gasolina a granel na capital terá que fazer um registro e justificar o uso, segundo a agência de notícias oficial, Xinhua. As autoridades explicaram que o objetivo é impedir o uso do combustível em ações como imolações e atos incendiários.

O reforço da segurança ocorre num momento particularmente sensível, com a proximidade do aniversário de 25 anos dos protestos estudantis da praça da Paz Celestial, dia 4 de junho.

Na época, os atos foram esmagados pelo Exército, com centenas ou milhares de mortos (o número nunca foi revelado). Desde então, o 4 de junho de 1989 é assunto proibido na China.

Cinco ativistas de direitos humanos foram presos na semana passada após se reunirem para discutir os protestos de 1989.

No microblog Weibo (versão local do Twitter), submetido à censura oficial, a maioria das mensagens era de apoio às medidas. Algumas, porém, questionaram a real intenção do governo.

"Para que precisamos de patrulha aramada? Para intimidar os terroristas ou o povo?", comentou o usuário xiaochunjieGG.


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