Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Premiê do Iraque recua após perder apoio regional

Maliki ameaçava força, mas mudou tom com apoio de vizinhos a rival

EUA e UE prometem ajudar novo premiê a combater extremistas; helicóptero com ajuda a minoria sofre acidente

DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O atual primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, disse nesta terça (12) que o Exército não deve interferir na crise política do país, na qual já perdeu apoio de seus aliados locais e internacionais.

Maliki queria um terceiro mandato e considerou ilegal a nomeação do seu correligionário Haidar al-Abadi para o cargo que ocupa desde 2006.

Para o chefe de governo, o presidente Fuad Massum deveria tê-lo nomeado até a última sexta (8), limite do prazo final para a indicação.

Em nota, Maliki afirmou que os militares deveriam se dedicar à defesa do país, em vez de influir politicamente.

A declaração mostra uma mudança de tom na defesa de seu direito ao cargo.

No domingo (10), Maliki chegou a ordenar que milicianos cercassem a zona verde de Bagdá, onde ficam os prédios do governo, e disse que recorreria à Justiça.

Além de perder o apoio do próprio partido, viu nos últimos dias seu rival receber respaldo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da ONU e da União Europeia.

Nesta terça, foi a vez do Irã, aliado histórico de Maliki, da Liga Árabe e da Arábia Saudita darem apoio a Abadi.

CONFLITO

A nomeação do novo primeiro-ministro provocou também o aumento das promessas de ajuda do Ocidente ao conflito contra o grupo radical Estado Islâmico.

Os EUA e a UE dizem que vão enviar mais recursos após Abadi assumir, em setembro, mas negam que vão fazer uma ação militar terrestre.

Desde quinta (7), os americanos bombardeiam áreas dominadas pelo Estado Islâmico e dão armas às forças do Curdistão iraquiano.

Segundo a rede de televisão CNN, os curdos também terão a ajuda de cem conselheiros militares americanos.

Além dos ataques, as forças ocidentais enviam ajuda humanitária a refugiados, em especial a cerca de 50 mil membros da minoria yazidi, cercados pelos extremistas.

Nesta terça, um helicóptero usado para levar mantimentos aos yazidis caiu durante a decolagem. O piloto morreu e um deputado e uma repórter do "The New York Times" ficaram feridos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página