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Mentor de movimento passou de aliado a estorvo para Cristina

DE BUENOS AIRES

Hugo Moyano, líder sindical dos caminhoneiros e organizador da paralisação desta quinta (28), admitiu recentemente que não tem mais carteira de motorista de caminhão e que nem mesmo dirige um desde os anos 1990.

Foi nessa década que ele ganhou força como líder sindicalista. Isso porque esse período era justamente o momento em que os caminhões viraram o meio de transporte mais importante do país, já que o sistema ferroviário entrou em colapso por falta de investimentos, explica Julio Neffa, do Ceil (Centro de Estudos e Pesquisa do Trabalho), especialista em sindicalismo na Argentina.

Segundo outro pesquisador, Diego Morales, que estuda litígios trabalhistas no Cels (Centro de Estudos Legais e Sociais), Moyano começou sua vida sindical enfrentando o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999) e a política econômica neoliberal desse governo. Em 2000, chegou ao posto máximo de uma das mais importantes centrais sindicais do país, a CGT (Confederação Geral do Trabalho).

Portanto, foi natural que ele se aproximasse de Néstor Kirchner quando este assumiu a Presidência, em 2003. A parceria seguiu quando Cristina sucedeu o marido, quatro anos depois.

"Ele foi se distanciando por razões políticas e porque, digamos, o governo deixou de atendê-lo", afirma Neffa.

Moyano ocupava o posto de secretário-geral da CGT, e então essa central se dividiu. Hoje há duas: uma contrária ao governo, que ele lidera, e uma outra, amiga da Casa Rosada, que é dirigida por Miguel Caló, do sindicato dos metalúrgicos. A CGT governista controla a maioria dos trabalhadores das indústrias, enquanto a de oposição tem quase todos os sindicatos ligados aos transportes.

Desde que rompeu com o governo, Moyano já conseguiu organizar três paralisações como a de quinta (28): a primeira em novembro de 2012 e a segunda em abril deste ano. Além disso, em 2013 ele comandou uma série de bloqueios a garagens de caminhões. (FG)


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