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Foco

Traída, ex-primeira-dama da França lança livro com sua versão sobre escândalo

Em obra escrita em segredo, Valérie Trierweiler descreve vida com François Hollande, incluindo descoberta de infidelidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Não foi necessário nenhum programa internacional de vigilância para que detalhes da vida privada do presidente francês, François Hollande, fossem publicados.

Sua antiga companheira, a jornalista Valérie Trierweiler, traída por ele com uma atriz, dá detalhes sobre a infidelidade do chefe de Estado em um livro com publicação prevista para esta quinta (4).

Em trechos antecipados pela imprensa francesa, Valérie descreve seu cotidiano durante um ano e meio com Hollande no palácio presidencial do Eliseu. A convivência acabou quando uma revista expôs o relacionamento do presidente com a amante, Julie Gayet.

Quando descobriu o caso, Valérie tentou se matar. "A notícia estava no noticiário da manhã. Eu corro para o banheiro. Pego o pequeno saco plástico com pílulas para dormir. François me segue. Ele tenta arrancar o saco, que rasga. Pílulas se espalham na cama e no chão. Eu consigo juntar algumas. Quero dormir, não quero viver as próximas horas", diz um trecho. Não por coincidência, o livro se chama "Obrigado por este momento", em tradução livre. A jornalista conta ainda que Hollande a procurou por meses após o término do relacionamento, enviando flores e mensagens de texto.

IMPACTOS

Olivier Royant, editor-chefe da revista "Paris Match", para a qual trabalha Valérie, disse que Hollande só soube do livro na terça (2).

O gabinete do presidente não comentou, mas seus aliados políticos se apressaram para tentar conter potenciais danos à sua imagem.

Para o ministro da Agricultura e amigo de Hollande, Stephane Le Foll, o país tem assuntos mais importantes para tratar. "Nós temos problemas suficientemente sérios e pesados", disse. "Não temos muito tempo, por isso não podemos nos dar ao luxo de perdê-lo", completou.

A publicação acontece no momento em que Hollande tenta conter uma crise econômica. Ele é o presidente mais impopular da história francesa recente, e a taxa de desemprego está acima de 10%, perto do recorde histórico.

Opositores de direita disseram que o livro mostra a personalidade de Hollande. "Além de sua vida privada, isso é sobre um homem de cinismo e indiferença preocupantes", disse Brice Hortefeux, membro da coalizão de oposição UMP.


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