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Retirada de tropas do Afeganistão ainda é incerta

DA ENVIADA A RICHMOND (VIRGÍNIA)

Com a expansão no Iraque da facção Estado Islâmico (EI) e a espiral de violência que a acompanhou, a oposição americana reforçou seu discurso de que o presidente Barack Obama não deveria fazer com o Afeganistão o mesmo que fez com o Iraque: retirar as tropas e permitir que a segurança se deteriorasse no país antes ocupado.

Pelo cronograma anunciado por Obama neste ano, o número de soldados cairá de cerca de 29 mil para 9.800 até o fim de 2014 e será, então, reduzido pela metade até janeiro de 2016. A retirada completa seria feita até 2017.

O acordo bilateral sobre a permanência das tropas assinado na última semana, no entanto, é valido até 2024, o que pode permitir um adiamento dos planos de saída ou mesmo um novo envio de militares nesse período.

"As forças de segurança afegãs seguem dependendo das forças de coalizão para ações aéreas e trabalhos como o de logística e inteligência, e é improvável que eles se tornem autossuficientes em apenas dois anos", avalia Ahmad Majidyar, especialista em Afeganistão do American Enterprise Institute (AEI).

"Uma deterioração séria da situação de segurança no Afeganistão até o fim de 2016 pode então forçar o presidente a reconsiderar seus planos", afirma Majidyar.

Na última quinta (2), o general John Campbell, comandante das tropas da coalizão no Afeganistão, reconheceu que houve um "leve aumento" no número de ataques violentos do Taleban nas últimas semanas.

Em setembro deste ano, as forças afegãs perderam, em combate, mais de 7 mil homens a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Para Benjamin Friedman, do Instituto Cato, é pouco provável, contudo, que Obama deixe mais de 10 mil militares no Afeganistão a partir de 2015, considerando a "aversão pública a longos combates terrestres".

O porta-voz do Departamento de Estado para as Américas, Justen Thomas, diz não haver risco de que o recrudescimento no Iraque influencie a retirada de tropas do Afeganistão.

"Essa nova ameaça [Estado Islâmico] não vai mudar em nada os planos no Afeganistão. O compromisso de retirar as tropas do Afeganistão é bastante claro", afirmou Thomas.


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