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Passo a passo da destruição

Sandy passou como furacão pelo Caribe e, ao avançar pelos EUA, virou ciclone pós-tropical

GIULIANA MIRANDA DE SÃO PAULO

Sandy não é um evento qualquer. Enquanto avançava, a tempestade interagiu com outros fenômenos e mudou de características e de classificação.

Ela nasceu no mar do Caribe, onde virou furacão, um fenômeno que necessita de águas quentes para se formar e avançar. Depois, rumou para o continente, onde deveria ter perdido força pela falta de contato com sua principal fonte de energia, o vapor e a umidade da água do oceano.

Isso, no entanto, não aconteceu desta vez.

"Sandy encontrou o chamado cavado, que é uma região de pressão atmosférica mais baixa. Ela conseguiu extrair energia daí e ganhou força", explica Ernani Nascimento, professor de meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (RS).

Devido à mudança de características, o fenômeno passou a ser classificado como ciclone pós-tropical.

"No leste, onde ainda está mais ou menos sobre o mar, o vento sul ainda leva umidade para o continente", diz Nascimento. Por isso, há muita chuva e inundações severas nessa região.

Mais para dentro do continente, correntes de ar mais frio e a presença de montanhas levam à ocorrência de nevascas. A expectativa agora é que Sandy perca força nas próximas 72 horas.

Como a formação de furacões está diretamente ligada à temperatura dos oceanos, há quem trace um paralelo entre tempestades gigantes como essa e o aquecimento global. A maioria dos climatólogos ainda não bate o martelo nesse sentido.

Porém, sabe-se que, com o aquecimento global e a consequente entrada de mais energia no sistema climático, eventos extremos, como esse, ficam mais frequentes.


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