Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Área inundada de NY tem até ratos mortos na calçada

Destruição, visível em praticamente todas as ruas do sul de Manhattan, afetou os turistas e os moradores

Folha presenciou prédios inundados, carros amontoados, árvores caídas, postes tombados, lixo e lama

Justin Lane/Efe
Carros empilhados em uma garagem no distrito financeiro de Manhattan, no sul de NY
Carros empilhados em uma garagem no distrito financeiro de Manhattan, no sul de NY
LUCAS FERRAZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NOVA YORK

A cinematográfica Nova York devastada por uma tempestade atraiu ontem centenas de turistas e nova-iorquinos para as áreas mais atingidas pelo furacão Sandy, no sul da ilha de Manhattan.

A destruição, visível em praticamente todas as ruas da região, virou cenário incomum. A Folha viu prédios inundados, carros destruídos, árvores e postes tombados, lixo e lama nas ruas.

Havia nas calçadas até ratos mortos, trazidos dos subterrâneos com a força da água. "A destruição sempre fascina as pessoas", dizia a turista francesa Sandy Arnot, que percorria as ruas do South Street Seaport, perto de um dos portos da cidade, na região leste, registrando os estragos provocados pelo furacão que é seu homônimo.

Em dezenas de prédios no centro financeiro da cidade, a água do East River que invadiu as ruas ainda era visível nos lobbies.

A região continuava ontem sem eletricidade e o sinal de telefonia era precário.

Centenas de homens trabalhavam no local, limpando as ruas, bombeando as águas dos prédios, reparando o sistema de eletricidade.

As sirenes de ambulâncias, carros de polícia e dos bombeiros também não pararam durante todo o dia.

A passagem do Sandy deixou inúmeros desabrigados -estimativa de mais de 400 mil em toda a cidade. Muitos moradores do Lower Manhattan continuavam a deixar ontem suas casas.

"O furacão trouxe muito transtorno, mas o bom de Nova York é que as coisas se ajeitam logo, tem muita gente trabalhando para limpar a cidade", disse o estilista cubano Louis Rodríguez, 51.

No prédio em que Rodríguez vive, a um quarteirão do East River, a água no lobby chegou a um metro de altura. Todos os carros na garagem foram destruídos.

Ele deixava o local para se abrigar na casa de um amigo, no norte de Manhattan, pelo menos até o fim da semana, quando as autoridades preveem normalizar a situação no sul da ilha.

O músico italiano Sam Hadef, 22, fez sua mudança para um endereço no Brooklyn anteontem à noite, quando o Sandy chegou à cidade.

Como sua companheira de casa, uma enfermeira, precisou ficar trabalhando num hospital em Manhattan, ele acabou desabrigado.

"Achei um ônibus abandonado e passei a noite lá. Tive sorte que era um lugar seguro", disse. "Escolhi um péssimo dia para me mudar em Nova York."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página