Folha de S.Paulo

Brasileiros têm dificuldade de voltar para casa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NOVA YORK

Com Nova York voltando aos poucos à normalidade, muitos brasileiros ainda enfrentam transtornos causados pela tempestade Sandy.

Embora o comércio tenha voltado a funcionar parcialmente ontem -no sul de Manhattan, onde ainda falta luz, lojas abriram à luz de velas-, turistas tiveram que remarcar voos e prolongar a estada no país. O casal de militares Luiz Fernando Medeiros e Rosemary Fernandes visita Nova York com a filha, que comemorou o aniversário de 11 anos na cidade.

Em Midtown, onde se hospedam, disseram que o Sandy passou como uma "grande tempestade brasileira", sem provocar muito estrago.

Hoje eles deveriam viajar para Orlando, mas o voo foi cancelado. Só conseguiram remarcá-lo para sábado.

"Há muita confusão, as companhias não têm informação. E olha que nosso voo é doméstico", disse Medeiros.

Como precisaram estender a hospedagem, vão gastar ao menos US$ 1.000 além do previsto. "Quando voltarmos, vamos procurar saber se temos direito a ressarcimento."

Segundo o casal, os hotéis estão aproveitando o aumento da demanda -ou a necessidade de prolongar a estada- para elevar tarifas.

Muitos turistas que ficaram presos na cidade recorreram à única agência do Banco do Brasil em Nova York, na rua 42, para sacar dinheiro. (LUCAS FERRAZ)