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Análise

Antes do Sandy, Obama ignorou as ameaças do câmbio climático

SUZANNE GOLDENBERG DO “GUARDIAN”

O convite para irem à Casa Branca na primavera de 2009 foi visto pelos aliados de Barack Obama no movimento ambientalista como um sinal claro de que as mudanças climáticas estavam no radar do presidente.

Mas a economia estava em processo de derretimento.

Depois de estudar pesquisas de opinião e grupos representativos do público americano, a Casa Branca concluiu que seria melhor apresentar as mudanças climáticas como uma oportunidade econômica ao país -uma chance para a geração de empregos e o crescimento econômico, e não tanto como um problema ambiental urgente.

As mudanças climáticas não eram uma mensagem que conquistasse apoio. Tratar desse assunto deixaria Obama aberto a ataques de grupos industriais e conservadores que se opunham a intervenções na economia.

A Casa Branca minimizou a ameaça das mudanças climáticas, evitando o uso do próprio termo, o que resultou na estranha ausência das mudanças climáticas da campanha de 2012, até que o furacão Sandy as empurrou de volta à agenda política.

A devastação causada pelo furacão já está suscitando discussões sobre a vulnerabilidade atual da América às mudanças climáticas.

O problema agora é que se tornou ainda mais difícil para os políticos falarem em mudanças climáticas, mesmo com as provas delas nos eventos climáticos extremos, e mesmo quando há uma preocupação pública crescente com o assunto.

Um estudo feito pela Universidade Yale no mês passado constatou que 70% dos americanos hoje acreditam na realidade das mudanças climáticas -um aumento acentuado em relação a dois anos atrás.

Em debates, Obama continuou a falar sobre a importância de investir em uma economia baseada em energia limpa. Mas perdeu-se a conexão disso com a ameaça das mudanças climáticas.

"Tornou-se realmente difícil convencer a população da importância da energia limpa, já que a versão dos fatos foi deturpada", disse Larry Schweiger, presidente da Federação Nacional de Vida Silvestre.

"Não é possível ter uma conversa clara, e a razão disso é a presença de um elefante na sala: as mudanças climáticas."


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