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EUA elegem a 1ª senadora gay; número de mulheres é recorde
DE SÃO PAULOTammy Baldwin, 50, será a primeira política declaradamente gay a conquistar um assento no Senado dos EUA. No discurso de vitória, disse que tem orgulho do pioneirismo, mas afirmou que sua principal bandeira será o bem-estar da classe média.
Criada pelos avós maternos e formada em direito pela Universidade de Wisconsin, Estado que representará no Senado a partir de janeiro, a democrata defende um sistema público de saúde mais inclusivo e benefícios sociais para os idosos.
"Meus oponentes tentam grudar uma etiqueta em mim, mas eu sei os valores em que acredito", disse a congressista, que se define como uma "progressista com orgulho".
"Não concorri para fazer história. Concorri para fazer a diferença na vida das famílias que lutam para encontrar emprego, para fazer diferença para idosos preocupados com a aposentadoria", afirmou no discurso de vitória.
Outras bandeiras da senadora eleita são o aumento de impostos para milionários e a regulação do mercado financeiro. Ela também se manifesta contra a política cambial chinesa, que segundo ela trapaceia os trabalhadores dos Estados Unidos.
Baldwin já havia sido eleita para a Assembleia Estadual de Wisconsin e para a Câmara dos Deputados. Durante a presidência de Bill Clinton, criticou o líder americano por causa da política conhecida como "Não Pergunte, Não Conte", que barrava o acesso militar aos que assumiam a opção sexual,
A partir de janeiro, quando os eleitos tomarem posse, o Senado dos EUA terá recorde no número de congressistas mulheres. Dos 100 assentos no Senado, 20 serão ocupados por mulheres.
Elizabeth Warren será a primeira senadora por Massachusetts e New Hampshire será o primeiro Estado a ter bancada exclusivamente feminina, com as democratas Carol Shea-Porter e Ann McLane Kuster à Câmara.