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Foco

'Briguenta' e anti-Wall Street comemora vaga no Senado

RAUL JUSTE LORES ENVIADO ESPECIAL A BOSTON

Considerada a grande inimiga de Wall Street no Partido Democrata, Elizabeth Warren, 63, teve uma das vitórias mais celebradas na noite de terça-feira, como senadora por Massachusetts.

Ela foi eleita com 54% dos votos, contra 46% do senador republicano Scott Brown. É a primeira disputa eleitoral de Warren. "Obrigada por elegerem uma iniciante briguenta como eu", disse.

Professora da Faculdade de Direito de Harvard, especialista em falências, ela foi assessora especial do presidente Barack Obama e presidiu o Escritório de Proteção Financeira ao Consumidor.

Antes, presidiu um painel do Congresso de supervisão do programa de resgate aos bancos, criado em 2008.

Warren foi uma das estrelas do documentário "Capitalismo: uma História de Amor", de Michael Moore, no qual já atacava a ausência de regulamentação das atividades financeiras e o poder de lobby dos grandes bancos.

Não demorou muito para que se tornasse um ícone da esquerda americana. Segundo o livro "Confidence Men" (homens de confiança), do jornalista Ron Suskind, ela ficou isolada na Casa Branca e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, fez de tudo para limitar a "reformista" Warren na intenção de criar "uma excessiva regulamentação aos bancos". Ficou apenas um ano no cargo.

Até há pouco, sua vitória não parecia tão fácil. O senador Scott Brown, no cargo, reforçava sua imagem de homem simples, esportista, ex-militar e gente comum e chamava a adversária de "professora Warren", em uma tentativa de pintá-la como elitista.

Uma das polêmicas de campanha foi a revelação de que, em Harvard, ela se inscreveu em listas de "nativos americanos", alegando que sua avó sempre lhe disse que tinha sangue cherokee.

Apesar de jamais ter conseguido um cargo por pertencer a uma minoria, "algo que todos os meus empregadores vieram a público esclarecer", como ela se defendeu, a campanha do candidato republicano usou o caso para colocar em dúvida sua ética.

A campanha de Brown, que acusava Warren de ser uma esquerdista radical, enfatizou a moderação do candidato. "O importante é a pessoa, não o partido", diziam os vídeos, que não mencionavam sua filiação ao Partido Republicano. Não funcionou.


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