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Transição Chinesa

China diz estar otimista com crescimento

Meta para 2012 é de 7,5%, menor que a alta em anos anteriores, mas bons dados da indústria reforçam retomada

Em meio à transição do poder, segunda maior economia projeta dobrar PIB e renda per capita do país até 2020

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo chinês confirmou ontem a retomada do crescimento econômico do país, puxada pelo incremento de 9,6% na produção industrial em outubro em relação ao mesmo mês de 2011.

Aliada a outros dados positivos, como o aumento de 14,5% nas vendas no varejo e a alta de 11,6% nas exportações, a melhora fez a segunda maior economia mundial projetar atingir sua meta de crescimento, de 7,5% em 2012.

Zhang Ping, chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, falou a jornalistas ontem, num evento paralelo ao 18º Congresso do Partido Comunista, que escolherá a liderança do país para o próximo decênio.

"Os sinais de estabilização ficaram mais óbvios em outubro, permitindo-nos confiar no alcance das metas para o ano", afirmou Zhang.

Ele ressalvou, entretanto, que a crise econômica e os desafios de longo prazo não permitem que o país baixe a guarda: "Os fundamentos da estabilização ainda não são sólidos o suficiente". Na última década, a China cresceu, em média, 10,7% ao ano.

CAUTELA

As exportações chinesas atingiram US$ 175,6 bilhões em outubro, 11,6% a mais do que no mesmo mês em 2011. As importações cresceram 2.4%, para US$ 143,6 bilhões, resultando num superávit de US$ 32 bilhões, ante US$ 27,7 bilhões em setembro.

Porém o volume do comércio exterior subiu apenas 6,3% nos dez primeiros meses de 2012, contra mais de 20% no ano passado. Ao jornal "China Daily" o ministro chinês do Comércio, Chen Deming, declarou que "será muito difícil alcançar" os visados 10% de alta no ano.

A iniciativa privada recebeu bem as projeções. "As cifras do comércio e os indicadores sobre uma melhora na demanda interna nos confortam na ideia de aceleração do crescimento", disse Li-Gang Liu, economista do banco ANZ, de Hong Kong. "Acreditamos que a economia chinesa voltará a crescer", declarou, na mesma linha, Lu Ting, economista do Bank of America-Merril Lynch.

No governo, entretanto, impera a precaução, ao encontro dos clamores do atual presidente, Hu Jintao. Durante o Congresso, ele defendeu um crescimento "sustentável, balanceado e coordenado" para que o país possa atingir a meta de dobrar, em 2020, os atuais PIB e renda per capita. Neste ano, a China já cortou juros em duas oportunidades, fez injeções maciças de recursos no mercado financeiro e acelerou projetos para combater a desaceleração.


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