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BP vai pagar multa de US$ 4,5 bi por vazamento nos EUA

Explosão em plataforma na costa da Louisiana, em 2010, causou 11 mortes e enorme dano ambiental

Funcionários foram indiciados por homicídio culposo; empresa ainda pode ser alvo de ações civis

DE WASHINGTON

Após dois anos e meio, a BP aceitou ontem pagar US$ 4,5 bilhões (R$ 9,27 bilhões) em multas pelo maior vazamento de petróleo da história dos EUA, iniciado por uma explosão que matou 11 funcionários e afetou ao menos 116 mil pessoas no golfo do México.

O anúncio foi feito na sede da empresa, em Londres, e ainda precisa da aprovação de um juiz federal dos EUA.

Dois funcionários da BP, responsáveis pela operação da plataforma onde o acidente ocorreu em abril de 2010, foram indiciados por homicídio culposo (sem intenção de matar). Um terceiro, já afastado, responderá por obstruir a investigação no Congresso e mentir a respeito da velocidade de vazão do petróleo.

Em março, a BP fechara um acordo para indenizar as vítimas em US$ 7,8 bilhões, ou US$ 67,2 mil per capita.

Além das multas (que incluem US$ 525 milhões por dar informações enganosas a investidores), a BP assumiu a culpa por 11 contravenções, como negligência e má conduta, e por duas violações ambientais relacionadas ao vazamento de estimados 760 milhões de litros de petróleo.

Também se declarou responsável por negligência na morte de 11 funcionários na explosão da plataforma de exploração em águas profundas localizada a 80 km da costa da Louisiana.

Essa explosão provocou o vazamento, que levou cerca de 90 dias para ser controlado e cujas consequências ambientais ainda são monitoradas, embora a mancha tenha se diluído na superfície.

"Lamentamos profundamente a trágica perda de vidas causada pelo acidente com a [plataforma] Deepwater Horizon, bem como o impacto do vazamento na costa", disse em nota o executivo-chefe da BP, Bob Dudley.

"Fizemos nossa parte reagindo ao vazamento, pagando indenizações e financiando esforços de recuperação do golfo. Desculpamo-nos por nosso papel no acidente e, como nosso entendimento com o governo americano reflete, aceitamos a responsabilidade por nossas ações."

Com o acordo, o governo dos EUA não pode mais abrir queixas criminais contra a BP referentes ao acidente - o que não isenta a empresa de ser alvo de outras ações civis.

A petroleira afirma ter US$ 42 bilhões reservados para o caso.


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