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Ex-chefe da CIA nega ter aberto dados a amante
General David Petraeus depõe hoje no Congresso sobre ataque em Benghazi
Em suas primeiras declarações desde que renunciou na sexta-feira passada, o ex-diretor da CIA David Petraeus afirmou que nunca passou documentos confidenciais para sua amante, Paula Broadwell, e que sua renúncia não está relacionada ao atentado em Benghazi, como acusam republicanos.
"Ele insistiu que nunca passou informação confidencial para Broadwell", relatou a repórter da CNN Kyra Phillips. Petraeus renunciou após o FBI descobrir que ele teve um caso com Broadwell, autora de sua biografia.
O caso foi descoberto a partir de e-mails ameaçadores enviados para a socialite Jill Kelley. Broadwell, com ciúmes de Petraeus, enviou os e-mails anônimos a Jill.
Durante a investigação, o FBI descobriu que John Allen, o comandante dos EUA no Afeganistão, enviou e-mails impróprios para Jill. Allen havia sido indicado como novo comandante da Otan (aliança militar ocidental). A nomeação foi suspensa.
Petraeus depõe hoje em audiência no Congresso sobre os atentados em Benghazi em 11 de setembro deste ano, que levaram à morte do embaixador americano na Líbia, Chris Stevens.
Legisladores -que tiveram acesso a imagens do ataque em Benghazi- acusam o governo de não atender a pedidos de segurança para americanos na Líbia e dizem que a CIA ignorou sinais de risco.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, também irá depor nas audiências.
O FBI analisa materiais recolhidos na casa e no computador de Broadwell, para determinar se houve vazamento de documentos sigilosos.
No mês passado, ela disse que o ataque ao consulado de Benghazi ocorreu porque a CIA mantinha insurgentes prisioneiros lá, e que houve uma tentativa de libertá-los.
Fontes informaram que o computador de Broadwell não tinha material da CIA.