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Agência Moody's rebaixa o triplo A da dívida da França

País já havia perdido a classificação máxima em janeiro passado pela S&P; nova nota tem perspectiva negativa

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou ontem a nota da dívida da França de AAA para AA1, com perspectiva negativa. A justificativa para a queda foi, em especial, a exposição da França aos obstáculos que desafiam sua economia.

"O principal motivo por trás desta redução é o risco que sofre o crescimento econômico da França, e, portanto, suas finanças públicas, devido aos persistentes desafios estruturais que afrontam o país", disse a Moody's num comunicado.

Entre eles, estariam a rigidez do mercado de trabalho, produtos e serviços do país, os baixos níveis de inovação -que levam à perda de competitividade- e a gradual erosão de sua base industrial, orientada às exportações.

A agência destaca ainda a exposição "desproporcionalmente grande" da França aos países periféricos da zona do euro. Segundo a Moody's, a ação de ontem segue a decisão de 23 de julho da agência, na qual ela mudou para negativa a perspectiva sobre os ratings AAA de Alemanha, Luxemburgo e Holanda.

A Moody's, contudo, observa que o país ainda possui uma classificação extremamente alta -AA1- por causa do significativo vigor de crédito do país.

O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, afirmou encarar o rebaixamento como um incentivo para o país promover "rápida e fortemente" as reformas já decididas, que seriam "rigor orçamentário, estabilização da zona do euro e pacto de competitividade".

O ministro também minimizou o impacto da decisão, afirmando que o país atingiu recordes de queda de juros na venda de seus papéis mesmo após o rebaixamento promovido em janeiro passado pela agência S&P.

Moscovici também culpou a administração anterior, de Nicolas Sarkozy, pela decisão da Moody's, dizendo que ela significa "uma sanção" a reformas não realizadas e aos que "nos precederam".

A campanha do socialista François Hollande ao Eliseu teve como uma de suas bandeiras a crítica à excessiva austeridade econômica.


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