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Execução pública de "traidores" é festejada em Gaza

DO ENVIADO A GAZA

Seis homens acusados de colaborar com Israel foram executados em público ontem no centro da Cidade de Gaza, atraindo uma multidão ensandecida que cercou os corpos gritando morte a Israel e a seus aliados.

Foi um raro momento de celebração em Gaza após uma semana sob ataques israelenses e seguiu o espírito vingativo despertado entre os palestinos pelo conflito.

Num dos cruzamentos mais movimentados do território palestino, os corpos perfurados por tiros de fuzil foram atirados no asfalto, atrapalhando o trânsito e deixando um rastro de sangue.

Em cada um deles havia uma cartolina com o nome do morto e o aviso de que eram colaboradores de Israel. Assinado: Brigadas Qasam, o braço militar do Hamas.

"Estava tomando um chá na esquina quando ouvi uma saraivada de tiros", contou Zakaria Dalou, 30, satisfeito. "É um castigo justo para quem trai a pátria". Dalou tinha razão pessoal para festejar a vingança. Ele perdeu dez membros de sua família no domingo, incluindo cinco mulheres e quatro crianças.

A Folha chegou ao local pouco depois das execuções e testemunhou o empurra-empurra que cercou os corpos ensanguentados.

Um dos homens ainda se mexia depois dos tiros e foi liquidado a socos e chutes por dezenas de pessoas. Muitos filmavam a cena com celulares, enquanto crianças abriam caminho entre suas pernas para olhar os cadáveres mutilados.

Execuções tornaram-se comuns em Gaza desde que o Hamas assumiu o controle do território, em 2007, e implantou um regime islâmico. Entre os mortos há condenados por crimes graves como assassinatos e estupros, mas nada é considerado grave como colaborar com Israel.


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