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Análise crise em Gaza

Conflito deixa o presidente palestino ainda mais isolado

Reconhecimento internacional ao Hamas é maior que o dado a Abbas

ALISTAIR LYON DA REUTERS, EM JERUSALÉM

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, tem sido uma figura solitária enquanto os seus rivais islâmicos do Hamas, na faixa de Gaza, vêm combatendo Israel, ganham crédito na Cisjordânia e reconhecimento árabe concreto.

Líderes do Hamas receberam chanceleres árabes e da Turquia em Gaza ontem, após visitas semelhantes feitas pelo premiê do Egito e pelo chanceler da Tunísia -além da visita do emir do Qatar no mês passado, antes da eclosão do conflito atual, que já dura uma semana.

"Esses ganhos diplomáticos reforçam o argumento do Hamas de que ele é parte integral do futuro da região, enquanto a Autoridade Palestina faz parte do passado", disse Ghassan al Khatib, acadêmico e ex-porta-voz da Autoridade Palestina, presidida por Abbas.

O presidente Barack Obama, ao mesmo tempo em que rejeita falar com líderes do Hamas vistos por Washington como terroristas, conversou três vezes com o presidente do Egito, Mohamed Mursi, no dia antes da iniciativa de trégua de ontem, segundo revelou a Casa Branca. Obama não parece ter falado com Abbas.

A atenção voltada ao enfrentamento militar desigual entre o Hamas e Israel também deixou em segundo plano a iniciativa diplomática que Abbas pretende levar à Assembleia Geral da ONU.

E, nos últimos dias, houve manifestações de solidariedade para com Gaza na Cisjordânia. Duas pessoas teriam sido mortas nas manifestações, que puseram à prova o controle de segurança da Autoridade Palestina.

O próprio Abbas já afirmou que a violência na faixa de Gaza visa afundar seu plano de pedir à ONU que conceda aos palestinos o status de Estado observador da instituição. Mas ele prometeu que não vai desistir.

O presidente de 77 anos tem poucas outras opções -e, após a tentativa fracassada do ano passado de conseguir que o Conselho de Segurança da ONU reconhecesse um Estado palestino, sua iniciativa oferece pelo menos uma esperança tênue de conseguir que a causa dele volte a figurar na agenda mundial.

Tradução de CLARA ALLAIN


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