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ONU culpa vizinhos por ação rebelde no Congo

Nações Unidas dizem que Ruanda e Uganda municiam levante em Goma

Grupo M23 controla há dois dias área rica em minerais e diz que governo Kabila teria rompido acordo de paz

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A ONU acusou ontem Ruanda e Uganda de dar apoiar os rebeldes do M23, grupo contrário ao governo da República Democrática do Congo que controla desde anteontem a cidade congolesa de Goma, num novo round do conflito na África Central.

Em relatório, as Nações Unidas disseram que o comando militar ruandês controla o M23, formado por militares rebeldes de oposição ao presidente Joseph Kabila. Segundo o texto, o comando de Ruanda envia armas, munição e provê serviços de inteligência aos rebeldes.

O informe mostra ainda que o comandante em chefe do M23, Bosco Ntaganda, está relacionado com o ministro da Defesa de Ruanda, James Kabarebe. Uganda também é citada como tendo envolvimento no motim.

Os dois países negam ajudar os insurgentes e pediram ontem ao grupo rebelde que desocupassem a cidade de Goma e a Província de Kivu, onde estão em confronto com forças locais desde segunda.

A declaração foi feita após reunião entre Kabila os presidentes de Ruanda, Paul Kagame, e de Uganda, Yoweri Museveni, em Kampala, capital ugandesa.

A organização também criticou os rebeldes por assassinatos de líderes locais. Segundo o enviado da ONU à República Democrática do Congo, Roger Meece, a intenção dos rebeldes é estabelecer uma estrutura formal administrativa na região, que é rica em recursos minerais como ouro, diamantes e coltan, usado em telefones celulares.

Mais cedo, o M23 anunciou que pretende "liberar" o país com a ofensiva. Os rebeldes alegam que o conflito foi causado pela suposta quebra do acordo de paz com Kabila, firmado há três anos.

A ONU tem sido muito criticada pela inação das tropas de paz que ocupam o país, que não interferiram no conflito por não ter ordens do Conselho de Segurança para fazê-lo. Em videoconferência com o CS, Meece lamentou a "deterioração" da situação e disse ter "numerosas" evidencias de execuções sumárias e casos não confirmados de violência sexual.


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