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Gregos acusam credores de negligência

Primeiro-ministro Samaras critica demora em liberação da parcela do empréstimo acertado no início deste ano

Ministros da zona do euro não chegaram a uma conclusão sobre sustentabilidade da dívida do país

RODRIGO RUSSO DE LONDRES

O premiê da Grécia, Antonis Samaras, afirmou ontem que a zona do euro está sendo negligente ao atrasar mais uma vez a liberação da segunda parcela do empréstimo acertado com o país no início deste ano.

Em longa reunião na terça-feira, os ministros das Finanças do bloco não chegaram a uma conclusão sobre a sustentabilidade da dívida da Grécia, preferindo postergar os pagamentos devidos.

"A Grécia fez o que prometeu", disse Samaras em comunicado, que prosseguia: "Nossos parceiros, junto do Fundo Monetário Internacional, também precisam cumprir com o que acertaram. Quaisquer dificuldades em achar uma solução técnica não justificam negligência ou atrasos".

O governo alega que ficará sem recursos no fim do mês se não receber os € 44 bilhões que estão atrasados.

Jean-Claude Juncker, líder do conselho de ministros, corroborou a versão de que o país já cumpriu sua parte, mas mesmo assim disse não saber quando a liberação dos recursos ocorrerá. Uma nova reunião está marcada para a próxima segunda-feira.

O principal impasse, até o momento, ocorre entre o governo da Alemanha e o Fundo Monetário Internacional (FMI). A zona do euro, na reunião da semana passada, parecia disposta a oferecer dois anos a mais para que a Grécia chegasse à proporção de 120% de dívida pública em relação ao seu PIB (Produto Interno Bruto).

O FMI, contudo, mostrou-se inflexível na questão, defendendo que o país chegue à meta em 2020, conforme combinado no início do ano.

Para que a Grécia chegue a esse objetivo, o FMI defende que outros governos da zona do euro perdoem uma parte da dívida do país, a exemplo do que aconteceu na negociação com credores do setor privado no início do ano.

A Alemanha afirma que essa opção é ilegal, no que é acompanhada por outros países da região.

Hoje, a dívida pública da Grécia equivale a 170% do seu PIB, mas como a recessão não deve ter fim nos próximos anos, estima-se que possa chegar a 190% em 2014.

Para o Syriza, maior partido da oposição no país e crítico do acordo com os credores internacionais, o governo de coalizão está sendo humilhado, mesmo depois de impor duros cortes de gastos e aumentos de impostos à população local.


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