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China limita gastos de executivos de bancos estatais

Novas regras proíbem a utilização de fundos públicos para comprar e reformar casas e adquirir automóveis

Leis são anunciadas após 18º Congresso do Partido, no qual líderes discursaram contra a corrupção no Estado

FABIANO MAISONNAVE DE PEQUIM

A China limitará gastos de altos executivos de bancos estatais em casas e carros, informou ontem a agência de notícias oficial Xinhua.

As novas regras foram anunciadas dias depois do encerramento do 18º Congresso do Partido Comunista, no qual os principais líderes advertiram contra a corrupção crescente.

Hu Jintao, que em março transferirá o poder a seu vice, Xi Jinping, disse que o problema ameaça derrubar o Estado chinês.

As medidas, anunciadas pelos Ministérios das Finanças e da Supervisão, entram em vigor no mês que vem e proíbem os executivos de "usar fundos públicos para pagar compras de casas residenciais, reformas residenciais e taxas de administração de propriedades".

As informações são da agência de notícias Reuters.

Com relação aos carros, os executivos "devem permanecer dentro das diretrizes de gastos permitidos", ainda de acordo com a Reuters.

Outra proibição é de não usar dinheiro público para fazer "altas despesas em atividades de entretenimento".

As medidas de ontem focaram principalmente no uso dentro do país dos recursos, embora levantamentos do próprio governo mostrem que boa parte do dinheiro desviado acaba no exterior, e não em gastos domésticos: cerca de 18 mil funcionários corruptos fugiram do país desde 1990, levando consigo US$ 120 bilhões.

Recentes medidas de corrupção e as promessas de combatê-la ocorrem em meio à crescente crítica da opinião pública.

Uma pesquisa do instituto americano Pew Research Center mostra que 50% dos chineses acreditam que corrupção esteja entre os "problemas muito grandes", percentual abaixo apenas à preocupação com inflação.

Este ano foi marcado pelo escândalo envolvendo o ex-dirigente Bo Xilai, expulso do partido após a revelação de que ele e sua família participaram do assassinato de um empresário britânico, em meio a práticas de abuso de poder e corrupção.

No ano passado, o então ministro das Ferrovias, Liu Zhijun, foi destituído e preso após a descoberta de desvio de dezenas de milhões de dólares. Já a família do premiê Wen Jiabao foi acusada pelo jornal "New York Times" de enriquecimento ilícito.


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