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Obama adverte a Síria contra o uso de armas químicas

Presidente dos EUA repete recado dado em agosto e diz que regime de Bashar Assad pode sofrer 'consequências'

Chancelaria síria nega existência de arsenal químico; ONU retira funcionários devido à insegurança no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a advertir o ditador da Síria, Bashar Assad, contra o eventual uso de armas químicas na guerra civil em seu país, que já matou mais de 40 mil pessoas, segundo cálculos de ativistas, desde março do ano passado.

"Quero deixar absolutamente claro para Assad e todos os que estão sob suas ordens: o mundo está vendo", declarou Obama durante um encontro de especialistas em armas nucleares na Universidade de Defesa Nacional, em Washington (EUA), ontem.

"O emprego de armas químicas é totalmente inaceitável e, se você cometer o trágico erro de usá-las, vai ter de arcar com as consequências", acrescentou o presidente.

Os serviços de inteligência dos EUA, segundo a agência Associated Press, detectaram recentemente movimentação em torno de lugares onde o regime sírio guardaria armas químicas. A agência atribuiu a informação a fontes no governo americano que preferem se manter anônimas.

Obama já fizera a advertência a Assad -essencialmente nos mesmos termos- em agosto, quando admitiu pela primeira vez a possibilidade de uma ação militar na Síria.

Horas antes da declaração do presidente, a secretária de Estado Hillary Clinton, em viagem à República Tcheca, disse que a utilização de armas químicas pela Síria seria "cruzar a linha vermelha" e daria ensejo a uma reação imediata por parte dos EUA.

Em resposta, a Chancelaria síria afirmou por meio da TV estatal do país que "não usaria armas químicas, se as tivesse, contra seu povo em nenhuma circunstância".

Ontem, reportagem da revista americana "The Atlantic" afirmou que Israel tentou por duas vezes obter o aval da Jordânia para um ataque a depósitos de armas químicas de Assad. O governo jordaniano -que tem relações tanto com os israelenses quanto com os sírios-, porém, teria negado.

RETIRADA DA ONU

A ONU anunciou a retirada da maioria de seus cem funcionários internacionais na Síria, devido à crescente insegurança e à intensificação dos combates nos subúrbios da capital, Damasco.

"A segurança tornou-se extremamente difícil", disse Radhouane Nouicer, coordenador humanitário da ONU na Síria. A expectativa é que 25 dos funcionários internacionais das Nações Unidas deixem o país até o final desta semana -há ainda cerca de 900 funcionários locais.

Ontem, os violentos conflitos entre rebeldes e forças do governo fizeram um avião da EgyptAir que ia do Cairo à capital síria voltar no meio do caminho, em razão da violência no entorno do aeroporto. Outras companhias, como a Emirates, mantiveram a suspensão dos voos a Damasco.

Fontes diplomáticas afirmaram à agência Reuters que Jihar Makdissi, porta-voz da Chancelaria da Síria, desertou e já está fora do país.


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