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Londres acelera mudança na sucessão real

Reino Unido pretende que primogênito do sexo feminino assuma trono, mesmo que um irmão surja depois disso

Alteração depende de aprovação de leis específicas em todos os países subordinados à coroa britânica

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O governo britânico anunciou ontem um acordo com outros 15 países para abolir a discriminação de gênero nas regras que comandam a sucessão de reis e rainhas.

O pacto foi selado para garantir o direito ao trono ao bebê do príncipe William e da princesa Kate mesmo que ela dê à luz uma menina.

Pelas normas ainda vigentes no Reino Unido, uma bisneta da rainha Elizabeth 2ª deles perderia o lugar na linha sucessória se o casal tivesse um filho homem.

A mudança nas regras foi proposta pelo Palácio de Buckingham e negociada em 2011, mas ainda depende da aprovação de leis específicas em todos os países subordinados à realeza britânica.

Fazem parte deste grupo, chamado de Commonwealth, nações como Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

"Se a princesa Kate tiver uma filha, ela será a futura rainha", disse ontem o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg.

"Podemos celebrar a notícia de que o bebê, seja menino ou menina, terá o mesmo direito ao trono", afirmou.

Clegg prometeu empenho para aprovar as mudanças "assim que possível" no Parlamento do Reino Unido e classificou o acordo como um "momento histórico para o país e para a monarquia".

A modernização apoiada pela rainha também inclui o fim de uma regra que impedia um príncipe ou princesa de assumir o trono após se casar com um católico.

Além de comandar a realeza, Elizabeth 2ª é a chefe da Igreja Anglicana, que se separou do Vaticano e deixou de reconhecer a autoridade do papa em 1534.

Caso Kate venha a dar à luz a gêmeos, especialistas em realeza britânica sustentam que o primeiro a nascer será o herdeiro do trono.

"O primeiro que aparecer será o rei ou a rainha", disse à Folha o historiador Hugo Vickers, autor de uma biografia da rainha-mãe.

Ele brincou com a hipótese de a princesa ser submetida a uma cesariana, na qual o médico poderia escolher o primeiro bebê a ser retirado de seu ventre. "Seria curioso. Sem dúvida, daria um filme."

IMPRENSA

Ontem, a imprensa britânica passou o dia relatando o vaivém do príncipe William pelo hospital Eduardo 7º, em Londres, onde Kate se internou anteontem após sentir fortes enjoos pela manhã. O diagnóstico é de hiperêmese gravídica.

O herdeiro não deu declarações, mas os canais de TV repetiram horas a fio imagens de sua chegada à unidade para fazer companhia à mulher.


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