Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

EUA avaliam política para uso de drone em ataques

Com mais de 300 ações e 2.500 mortos, administração quer regras

Governo debate se uso de avião não tripulado é último recurso ou pode ser encarado como ferramenta flexível

SCOTT SHANE DO “NEW YORK TIMES”, EM WASHINGTON

Diante da possibilidade de o presidente Barack Obama não conquistar um segundo mandato, nas semanas antes da eleição seu governo acelerou os trabalhos para o preparo de regras explícitas para o assassinato seletivo de terroristas por drones (aviões não tripulados), de modo que o novo presidente herdasse padrões claros.

O assunto pode ter perdido alguma urgência. Mas, com mais de 300 ataques de drones e cerca de 2.500 pessoas mortas, a administração ainda se esforça para formalizar as regras.

Obama e seus assessores ainda estão debatendo se mortes por controle remoto devem ser uma medida de último recurso contra ameaças iminentes aos Estados Unidos ou se devem ser uma ferramenta mais flexível, disponível para ajudar governos aliados a atacar seus inimigos ou impedir militantes de ganhar territórios.

Embora em público a administração se mostre unida em relação ao uso dos drones, nos bastidores há divisões.

O Departamento de Defesa e a CIA continuam a buscar liberdade maior de ação para lançar ataques; o Departamento de Justiça e autoridades do Departamento de Estado já apresentaram argumentos em favor da contenção, dizem assessores.

De modo mais amplo, o raciocínio jurídico da administração não convenceu muitos outros países de que os ataques sejam aceitáveis sob a lei internacional.

Durante anos antes dos ataques de 11 de setembro de 2011, os EUA condenaram os assassinatos seletivos cometidos por Israel de suspeitos, e a maioria dos países ainda faz objeção a tais medidas.

Para o analista paquistanês Shuja Nawaz, hoje no Atlantic Council, em Washington, os EUA devem começar a divulgar publicamente um relato detalhado dos resultados de cada ataque, incluindo quaisquer mortes colaterais, em parte para rebater a propaganda política de grupos jihadistas.

"Esta é uma grande oportunidade para a administração Obama tirar os drones das sombras e ser transparente quanto aos objetivos", disse.

Mas a administração Obama parece estar longe de aderir a tal transparência.

Autoridades disseram que o texto provisório das diretrizes para o uso de ataques de drones que vem circulando entre agências do governo é tão classificado que é carregado pessoalmente de um gabinete a outro, em vez de ser transmitido por e-mail.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página