Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mujica tenta frear projeto sobre maconha

Em declarações feitas à TV, presidente uruguaio disse que a sociedade ainda não está madura para legalização

Pedido ocorre após pesquisa mostrar que 64% da população é contra o projeto de lei do governo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente do Uruguai, José Mujica, pediu ao Parlamento do país para frear o projeto de lei que propõe a legalização da venda e da compra da maconha no país, assim como o controle de sua circulação pelo governo, apesar de seu partido deter a maioria do Legislativo.

A decisão aconteceu após a divulgação de uma pesquisa da empresa de consultoria Cifra que mostra que 64% dos uruguaios são contra o projeto de lei do governo. Apenas 26% da população está de acordo com a ideia, segundo a pesquisa, e o restante permanece indeciso.

Os níveis de rejeição chegam a 83% para o caso dos simpatizantes do Partido Nacional ou "Blanco", o principal da oposição, e a 82% no caso dos simpatizantes do Partido Colorado, tradicionalmente governante e hoje o segundo da oposição.

Em declarações feitas ao Canal 10 da televisão uruguaia, José Mujica disse que o país "ainda não está maduro" para a aprovação das propostas do projeto. Para ele, a aprovação da lei não deve acontecer apenas em reflexo de uma maioria parlamentar, mas sim, a partir de uma maioria "nas ruas", da compreensão popular do projeto.

O governo acredita que a legalização combateria o narcotráfico ao tirar grande parte de seu mercado e evitaria que os consumidores de maconha comprassem a erva em lugares onde há a venda de drogas consideradas mais perigosas.

O PROJETO

O projeto de lei que está em estudo pelo Parlamento uruguaio (e que deve ser suspensa com o pedido de Mujica) autoriza o Estado a assumir "o controle e a regulação de atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de cannabis e seus derivados".

O Instituto Nacional da Cannabis (Inca), instaurado pelo projeto, seria o encarregado de autorizar os cultivos e os locais de venda.

Além disso, a aprovação do projeto tornaria legal o cultivo de até seis pés de maconha, com uma colheita máxima de 480 gramas por ano, para uso doméstico "destinado ao consumo pessoal ou partilhado dentro de casa".

Também seria permitida a criação de clubes com até 15 membros que poderiam cultivar 90 pés de maconha.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página