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Parlamento do Irã culpa polícia por morte de blogueiro em Teerã
Sattar Beheshti era crítico do governo; relatório cobra investigação
Um relatório do Parlamento iraniano concluiu que a força policial destinada a monitorar a internet é responsável pela morte de um blogueiro crítico do regime em delegacia de Teerã, em novembro.
A morte de Sattar Beheshti, que tinha 35 anos, causou indignação dentro e fora do Irã e trouxe de volta à tona acusações de violação de direitos humanos pelo governo.
Segundo o relatório parlamentar divulgado anteontem, o comando da polícia cibernética cometeu uma série de erros. O primeiro foi a decisão tomada sem base legal de transferir Beheshti da prisão de Evin, para onde havia sido levado após ser preso em sua residência, para um centro da polícia cibernética sem estrutura adequada.
O local, onde a morte do blogueiro foi decretada no dia 3 de novembro, deveria ter câmeras internas de supervisão, segundo o documento.
O relatório diz que havia ferimentos por todo o corpo de Beheshti, mas ressalta que a morte foi causada por um "choque", não especificado.
O documento afirma que os policiais que prenderam o blogueiro cinco dias antes de sua morte tinham mandado de prisão. Ainda segundo o texto, o suspeito teria reconhecido as acusações de propaganda contra a República Islâmica e insulto aos valores nacionais.
Mesmo assim, os parlamentares concluíram que não havia "base legal" para "sujeitar Beheshti a pressão física e psicológica".
Três oficiais da polícia cibernética foram presos e o chefe da organização perdeu o cargo, em meio a relatos de disputa entre agências de segurança tradicionais e recém-criadas unidades de perseguição à dissidência on-line.
O relatório cobra uma investigação abrangente do caso e exige maior supervisão dos centros de detenção.
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