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Indicado à Defesa dos EUA quer 'prevenção' contra Irã

Chuck Hagel sofre dura sabatina no Senado e gagueja ao responder a perguntas

Ex-senador, que havia criticado lobby judeu no passado, enfatiza laço com Israel e promete manter pressão a Teerã

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

O eleito do presidente Barack Obama para comandar a Defesa dos EUA nos próximos anos insistiu que o país deve se ser mais atuante no mundo, enfatizou o laço com Israel -que já contestara- e defendeu, após gaguejar, uma política de "prevenção e não contenção" do Irã em sabatina ontem no Senado.

Mas Chuck Hagel, um ex-senador republicano do Nebraska que lutou na Guerra do Vietnã (1955-75), penou diante da Comissão de Serviços Armados para contentar colegas de partido e de armas.

O principal embate, entre tantos, ocorreu quando o também veterano John McCain questionou sua oposição ao aumento dos soldados no Iraque, que ajudou a apaziguar o conflito em 2007.

"A história já julgou, e o senhor ficou do lado errado", afirmou, após Hagel dizer repetidas vezes que não responderia com "sim" ou "não" a uma pergunta complexa (se ele errara em se opor à ação).

Se aprovado pelo Senado, Hagel, 66, substituirá Leon Panetta. Nome mais polêmico do novo gabinete de Obama, sua performance ontem pouco melhorou sua imagem.

Mesmo senadores governistas, como Clare McCaskill, deixaram a sessão questionando sua capacidade de responder perguntas e seu domínio da política de defesa. A ala conservadora o contesta não só por ter se oposto à Guerra do Iraque (2003-11), mas por suas críticas ao lobby de Israel em Washington.

Se não recuou no primeiro ponto, Hagel tentou ontem amenizar o segundo, enfatizando que Israel é "amigo e aliado" e que "garantirá que o país mantenha a primazia militar na região".

Os republicanos também o acusam de leniência com países hostis, por ter proposto negociar com o Irã sobre seu controverso programa nuclear, que Teerã diz pacífico.

Hagel respondeu que manterá a política de "contenção" do Irã defendida por Obama. Depois, corrigiu-se, afirmando que a meta era "prevenção", como dissera em seu pronunciamento inicial, prometendo manter a pressão e a opção militar em aberto.

O candidato ao Pentágono disse que continuará a controversa política de "drones" de Obama (aviões não tripulados usados para matar suspeitos de terrorismo, muitas vezes atingindo civis).

Ele ainda alertou para o risco crescente de uma "guerra cibernética", defendeu a reorientação do Pentágono, no atual governo, para a Ásia (mirando a China) e ressaltou os direitos dos militares gays.

Sobre os futuros cortes de gastos na Defesa, parte de um pacote fiscal que o Congresso tenta desenhar, admitiu que eles trazem "incerteza" e se comprometeu a usar "cada dólar de forma eficiente".

Mas insistiu que os EUA devem continuar a ser "a maior potência militar do mundo" e usar "todos os recursos para proteger seus cidadãos".


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