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Patriota critica Israel e Obama em palestra

Presidente dos EUA fará 1ª visita a Israel

DE LONDRES

Em palestra a estudantes em Londres, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, criticou Israel por boicotar a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU que discutiu, na semana passada, o tratamento dado aos palestinos no país.

Ele afirmou que a decisão do governo de Binyamin Netanyahu, reeleito no fim do mês passado, foi "danosa" ao sistema internacional.

"Fiquei muito decepcionado por Israel ter se recusado a participar do encontro no Conselho de Direitos Humanos", disse o ministro. "Esse tipo de atitude é danosa para o sistema [internacional]."

No encontro de uma hora e meia com alunos do King's College, que mantém um centro de estudos sobre o Brasil, Patriota citou o presidente dos EUA, Barack Obama, ao criticar a política americana em relação a Cuba.

Ele disse que a América Latina sofre com "ecos da Guerra Fria" e que o bloqueio à ilha obedece a interesses da política interna dos EUA.

"Nós nos perguntamos por que levou tanto tempo para Cuba ser aceita na OEA. A resposta é que a questão cubana ainda tem um papel muito importante e estratégico na política interna americana."

"Vendo uma eleição apertada como foi a de Obama em novembro, com o papel do voto hispânico e do voto cubano na Flórida, é muito fácil responder à pergunta [sobre o bloqueio]", disse.

A Casa Branca anunciou ontem que Obama fará neste semestre sua primeira visita oficial a Israel, desde que assumiu a Presidência dos EUA.

A data não foi divulgada, mas uma TV israelense anunciou que seria 20 de março.

ARGENTINA

Patriota também fez críticas à imprensa ao comentar atritos nas relações comerciais do Brasil com a Argentina. Ele disse que os problemas são menores do que os jornais dão a entender.

O ministro negou que haja crise no Mercosul e disse que o bloco tem uma fila de candidatos a integrá-lo. Citou Bolívia, Guiana e Suriname.

"Ninguém no Mercosul está pedindo para sair. Diferentemente do que tem acontecido por aqui", disse, numa referência à ameaça do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, de abandonar a União Europeia. A plateia riu da comparação.

Patriota classificou o Brasil como uma "potência emergente sui generis" por crescer reduzindo a pobreza e não possuir armas nucleares.


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