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EUA 'vetam' promoção de general mexicano

DO “NEW YORK TIMES”

Quando as Forças Armadas mexicanas promoveram seu desfile anual do Dia da Independência, em setembro, em Washington autoridades americanas acompanhavam atentamente.

O foco era o homem escolhido para encabeçar o desfile, o general Moisés García Ochoa, que, por tradição, em geral se torna o próximo ministro da Defesa mexicano.

A administração Obama tinha receios sobre García Ochoa. Entre eles a suspeita da DEA (agência antidrogas) de que o general teria ligações com narcotraficantes.

Já o Pentágono suspeitava de que ele teria feito mau uso de equipamentos militares e lucrado com contratos de defesa de milhões de dólares -o apelido dele nestes círculos é "Sr. 10%", em referência a supostas propinas que cobrava.

Antes da posse presidencial, em 1º de dezembro, o embaixador americano no México, Anthony Wayne, reuniu-se com assessores de Enrique Peña Nieto para mostrar preocupação com a possível promoção do general.

A atuação dos EUA numa escolha para o gabinete destaca as tensões existentes entre os governos, apesar das declarações de cooperação.

No papel, o general García Ochoa, 61, é um oficial exemplar. Pessoas que o conhecem disseram que ele esperava apoio dos EUA para ganhar o posto -quando os americanos estavam fazendo campanha contra ele.

García Ochoa não ficou com o cargo. Foi despachado para uma base em Coahuila, no norte do país, uma região repleta de corrupção policial e assassinatos políticos.

Ainda não está claro se Washington exerceu papel central sobre a sorte do general. Mas especula-se se o posto novo e perigoso seria um rebaixamento para forçá-lo a pensar numa aposentadoria.


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