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Republicanos põem latino para rebater Obama
Rubio, senador de família cubana, respondeu a discurso do presidente ao Congresso
Tentando recalibrar a imagem após perder votos entre os latinos e outras minorias nas eleições de 2012, a oposição republicana escalou o jovem senador Marco Rubio, de família cubana, para passar a mensagem de que o partido não se volta somente para uma elite branca.
Na resposta ao discurso anual do Estado da União do presidente Barack Obama, Rubio, em tom de apelo e com voz quase chorosa, enfatizou sua raiz imigrante.
Também repetiu que ele e seu partido estão preocupados com os mais pobres e com a classe média e retomou, várias vezes, a retórica do conservadorismo com compaixão social esquecida desde a saída de George W. Bush.
"Ainda vivo no mesmo bairro de classe média em que vivia antes [de ser senador]. Meus vizinhos não são milionários", disse Rubio, 41.
"Não me oponho ao plano de Obama porque quero proteger os ricos. Eu me oponho porque quero proteger meus vizinhos", afirmou, aludindo à reestruturação proposta por Obama no Medicare, a assistência federal de saúde aos mais velhos (os republicanos pedem uma espécie de terceirização do sistema).
Durante 15 minutos, Rubio, uma estrela no partido que já deixou clara sua aspiração de se candidatar à Presidência em 2016, repisou a defesa republicana de um Estado mais enxuto, tomando cuidado de não desprezar totalmente o papel do governo, como fazem alguns correligionários.
Opôs-se à reforma tributária pedida por Obama, que elevaria as alíquotas dos mais ricos, e justificou-se evocando o sonho americano de ascensão social pelo trabalho.
Apesar do carisma do senador, o discurso foi mais citado na mídia por um gesto abrupto do que pelo teor.
No meio do pronunciamento de TV, Rubio abaixou-se para apanhar uma garrafa d'água e a bebeu com sofreguidão. A cena (ele explicaria depois que estava com a boca muito seca) virou meme (conteúdo que se dissemina rapidamente na internet).
