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Romeno ganha Urso de Ouro em Berlim

Filme "Child's Pose", de Calin Peter Netzer, era um dos favoritos, em edição de poucos momentos brilhantes

Ursos de Prata vão para atriz chilena, diretor de comédias de Hollywood e para o iraniano Jafar Panahi, preso em Teerã

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

O filme romeno "Child's Pose" ("Pose de Criança"), do diretor Calin Peter Netzer, 37, ganhou o Urso de Ouro de melhor filme no 63º Festival de Berlim.

A cerimônia de premiação foi realizada na noite de ontem, na sede da Berlinale, na capital alemã.

O drama sobre uma mãe (Luminita Gheorghiu) da elite de Bucareste que tenta livrar o filho (Bogdan Dumitrache) da prisão após o atropelamento de uma criança era um dos favoritos para levar a estatueta, em uma edição do festival com poucos momentos brilhantes.

"Gostaria que o governo romeno prestasse atenção à importância diplomática que nosso cinema pode representar", discursou a produtora Ada Solomon.

Outro grande concorrente, o chileno "Gloria", de Sebastián Lelio, terminou com o Urso de Prata de melhor atriz para Paulina García, favoritíssima como uma divorciada de 58 anos levando a vida sem os clichês que marcam a chegada da idade.

O bósnio "An Episode in the Life of an Iron Picker" ("Um Episódio na Vida de um Catador de Aço") levou dois Ursos de Prata: o de grande prêmio do júri, uma espécie de vice-campeonato, e o de melhor ator para o catador de sucata Nazif Mujic, que interpreta ele mesmo no semidocumentário de Danis Tanovic (vencedor do Oscar em 2001 por "Terra de Ninguém").

SURPRESA

A grande surpresa da noite foi a premiação de David Gordon Green como melhor diretor por "Prince Avalanche". Conhecido por comédias hollywoodianas como "Segurando as Pontas" (2008), Gordon Green não escondeu o espanto. "Estou mesmo ao lado de Wong Kar Wai?", brincou ele, referindo-se ao presidente do júri do festival.

O iraniano "Pardé" ("Cortinas Fechadas") rendeu o Urso de Prata de roteiro para Jafar Panahi, diretor e roteirista mantido em prisão domiciliar pelo governo do Irã.

"O cinema iraniano já tem um lugar no mundo, mas política e cultura andam em caminhos opostos", ressaltou o ator e codiretor do longa, Kamboziya Partovi, que recebeu o prêmio para o amigo Panahi.

Na noite anterior, o documentário brasileiro "Hélio Oiticica", de Cesar Oiticica Filho, havia sido eleito pela crítica como o melhor filme da mostra alternativa Fórum e também levou o troféu Caligari pela pesquisa artística.


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