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Novo nº 2 foi militar e atuou em reformas
DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASQuando Miguel Díaz-Canel, 52, foi escolhido por Cuba para discursar ao lado de presidentes latino-americanos na festa de "não posse" de Hugo Chávez em janeiro, muitos analistas viram ali a chancela final de que ele seria promovido pelos Castro.
"Não se trata de um [líder] improvisado", discursou elogiosamente Raúl Castro ao anunciá-lo ontem como primeiro vice-presidente.
Os pontos fortes do engenheiro eletrônico Díaz-Canel para o irmão mais novo de Fidel são vários: sua carreira nas Forças Armadas até 1985, sua militância de base na Juventude Comunista e em cargos provinciais do partido, seu papel nas aberturas econômicas dos anos 90 e nas levadas a cabo agora.
Foi em 2003, por indicação do próprio Raúl, que ele se tornou da elite do PC, o birô político do partido.
Antes disso, entre 1987 e 1989, liderou um contingente que viajou para prestar apoio ao governo sandinista da Nicarágua, que então travava uma guerra contra forças partidárias do ex-ditador Anastasio Somoza, apoiadas pelos Estados Unidos.
"É um líder promovido à maneira raulista, passo a passo. Com papel nas aberturas econômicas, esteve em todas as posições do processo que dirige", diz Arturo Pérez-Levy, coautor de "Raúl Castro and the New Cuba" (2011), sem tradução no Brasil.
APARIÇÕES PÚBLICAS
Díaz-Canel tem sido um interlocutor de diplomatas da região. Além da participação na Venezuela, nos últimos meses tem acompanhado Raúl Castro em várias viagens internacionais.
A mais importante delas foi no mês passado, para a cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos). Na reunião, no Chile, Cuba foi escolhida presidente da entidade.