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Sensação do pleito evita festejar e afirma que Berlusconi é tragédia

DO ENVIADO A ROMA

Beppe Grillo, o líder do M5S (Movimento 5 Estrelas), que em menos de quatro anos conseguiu a proeza de se tornar o primeiro partido da Itália com 26% dos votos, é definitivamente uma figura longe dos padrões convencionais.

Em vez de festejar o resultado num hotel ou sede partidária, como os políticos convencionais, o comediante preferiu dar uma entrevista em sua cama à rádio do próprio movimento.

Feliz com o resultado do que chamou de "fantástica aventura", seu discurso seguiu a linha de sempre: atacar os políticos, que, para ele, demandam ajuda psiquiátrica. "Durarão pouco tempo, estão falidos, levaram o país à catástrofe", disparou.

Foi mais duro ainda com Silvio Berlusconi, definido como "uma tragédia para toda a galáxia".

O secretário-geral do PD, Enrico Letta, também reagiu à votação de Grillo, mas sem mencioná-lo. Considerou-a produto da "fadiga social", causada pelo "custo da austeridade" (que o PD apoiou no governo Mario Monti).

Consequência: "O eleitorado estava claramente em estado de rebelião".

Letta reivindicou para sua coligação, a mais votada para as duas Casas do Parlamento, a responsabilidade de ser a primeira a propor ao chefe de Estado a fórmula de governo. Mas admitiu que o resultado "tornou o Senado ingovernável", usando a palavra que mais apareceu nas análises de especialistas.

Não só o Senado, mas também a Câmara, a julgar pelas palavras de Grillo. A sensação do pleito disse que seu movimento será o "grande obstáculo" para uma eventual coligação entre o PD e Berlusconi, hipótese estranha, mas que apareceu muito nos debates da TV, ante o imbróglio criado pelos resultados.

"Contra nós, não se pode fazer nada", disse Grillo, antes de afastar-se um pouco do microfone para pedir chá de camomila.


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