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Senado aprova Jack Lew para Tesouro dos EUA

Obama diz que não há ninguém mais preparado para momento crítico da economia

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

Às vésperas de um corte automático no Orçamento federal, o Senado dos EUA aprovou ontem Jacob "Jack" Lew para suceder a Timothy Geithner, o membro do gabinete com maior influência sobre o presidente Barack Obama, como secretário do Tesouro -equivalente americano a ministro da Fazenda.

De perfil discreto, mas com mais trânsito em Washington do que seu antecessor, que pediu para deixar o cargo no segundo mandato alegando pressão familiar, Lew foi o chefe de gabinete (espécie de ministro da Casa Civil) de Obama nos últimos 13 meses. Judeu ortodoxo, casado e formado em direito, Lew, 57, está no governo Obama desde o início, em 2009: primeiro como subsecretário de Estado para gerenciamento e recursos; depois, à frente do Escritório de Orçamento, posto que ocupara também entre 1998 e 2001, sob Bill Clinton.

Mas diferentemente de Geithner, cuja carreira focou o Federal Reserve (banco central dos EUA) e o próprio Departamento do Tesouro, Lew foi assessor parlamentar, lecionou na Universidade de Nova York e trabalhou como executivo no Citibank, onde chegou a chefe de operações. O período no megabanco antes e durante a crise econômica -ele chegou a investir em fundos depois envolvidos no colapso financeiro de 2008- lhe rendeu críticas por parte da bancada republicana no Congresso.

"Estou satisfeito que o Senado tenha tomado uma atitude bipartidária para confirmar Jack Lew como o próximo secretário do Tesouro", afirmou Obama em comunicado logo após a votação. "Neste momento crítico para nossa economia e para nosso país, não há ninguém mais qualificado para este posto do que Jack", continuou, referindo-se ao secretário como "um mestre em assuntos fiscais que pode trabalhar com líderes dos dois partidos".

O governo americano está preso a um impasse fiscal.

Amanhã expira o prazo para lançar um pacote que enxugue o deficit, sob pena de detonar cortes automáticos no gasto federal que atingirão sobretudo a Defesa e programas sociais.

Embora o custo para a economia americana seja bem mais modesto do que o previsto no chamado "abismo fiscal" da virada do ano, quando além dos cortes seria disparada uma alta de impostos, alguns economistas estimam que o desemprego suba e o crescimento estanque.

Obama tem feito reiteradas críticas à oposição republicana na Câmara e pressionado o Legislativo a aprovar um pacote que inclua o aumento de impostos para os mais ricos, concordando, em troca, em reestruturar programas federais como a assistência médica a idosos, o Medicare.


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