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Análise

Mídia se esforça para conter os ânimos durante a cobertura

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

Anteontem pela manhã, depois que o ministro da Informação avisou da "piora" no estado de Hugo Chávez, a emissora estatal VTV convocou os chavistas para rezar diante do hospital.

À noite, após a morte, diante do hospital, a jornalista colombiana Carmen Rengifo foi atacada por uma turba, bradando "emissora golpista!". O vídeo, com sua fuga e o rosto ensanguentado, correu o mundo pelo YouTube.

Simon Romero, ex-correspondente do "NYT" em Caracas, hoje no Rio, tuitou alarmado: "Cuidado, amigos em Caracas. Imagens terríveis da jornalista da RCN sendo agredida em meio ao caos".

Mas depois Rengifo diria que foi uma "ferida leve". E o ministro da Informação, Ernesto Villegas, surgiria no canal colombiano NTN24, ligado à RCN, relatando ter pedido desculpas à jornalista.

O esforço de ambos em conter ânimos ecoou ao longo do dia na cobertura, por diversos personagens.

O provável candidato pela oposição, Henrique Capriles, tuitou na madrugada sua "solidariedade" à família e aos seguidores de Chávez, defendendo "unidade dos venezuelanos neste momento".

E o vice e provável candidato do governo, Nicolás Maduro, elogiou as mensagens de Capriles, também defendendo a união do país.

Mas não faltou ruído, como na nota da emissora venezuelana de oposição Globovisión, cobrando respeito à Constituição. Era uma crítica ao anúncio pelo governo, anteontem no canal estatal Telesur, de que o vice será o presidente até nova eleição. Para a oposição, deveria ser o presidente da Assembleia.

Na entrevista ao NTN24, ontem, Villegas respondeu que "a Constituição permite e obriga" que o vice seja o presidente. Ou seja, o ruído prossegue, ampliado pelo fato de o ministro não confirmar a data da eleição.

Mas o ruído foi abafado em parte pelo "apoio massivo do povo", como descreveu o mesmo NTN24, ao cortejo do corpo de Hugo Chávez.

Villegas declarou então ao canal colombiano que o cortejo "é um contato com a realidade para o poderio midiático transnacional que depreciava e menosprezava e ridicularizava a liderança do comandante Chávez".

O enviado do britânico "Guardian", Rory Carroll, que lança exatamente hoje a biografia "Comandante" (Penguin), tuitou das ruas que o cortejo foi "elétrico".


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