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New York Times

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Lente

Hollywood em descompasso

Celebridades investem em aparições nas mídias sociais

Hollywood e suas celebridades talvez não sejam grandes de mais para falirem. Podem ser apenas grandes de mais, especialmente quando os espectadores estão migrando para telas menores e nichos de programação.

As bilheterias de cinema estão em queda, e cada vez mais gente assiste a conteúdos em celulares e laptops. Assim, Hollywood corre o risco de se tornar culturalmente irrelevante. A perspectiva de que um filme se incruste na consciência do público como"...E oVento Levou" ou a série "O Poderoso Chefão" "parece muito reduzida numa era em que o conteúdo é consumido em fatias mais finas", escreveu Michael Cieply no "New York Times".

Filmes como "O Mestre" e "Argo" sofrem para alcançar a audiência de um só episódio de sucesso de programas de TV como "The Walking Dead" ou "Glee". Séries como "The Wire," "MadMen" e "The Sopranos" provam que há um mercado global para programas de TV feitos com inteligência, segundo o "International Herald Tribune". Os orçamentos aumentaram, atraindo mais diretores talentosos e atores como Al Pacino e Claire Danes.

Até as sequências de abertura estão mais sofisticadas. Os créditos iniciais de programas como "Game of Thrones" ou "The Borgias" têm toda a grandiosidade e as características tecnológicas de Hollywood.

Mas quem precisa de tela grande ou de tela plana? O YouTube tem aumentado seus canais originais- vídeos altamente produzidos, que o site financia-para atrair anunciantes e espectadores de TV, atendendo a nichos de interesse, como saúde, política e vídeo games. Em outubro, o Google, dono do YouTube, anunciou o acréscimo de 50 canais aos cem lançados no ano passado e sua expansão para a França, a Alemanha e o ReinoUnido.

"Acredito que todo interesse terá, a certa altura, um canal lhe servindo", disse ao "Times" Robert Kyncl, diretor global de conteúdo do YouTube. Os 25 canais originais mais vistos têm em média mais de 1 milhão de acessos por semana.

O canal Machinima Prime, voltado para homens jovens adeptos da cultura dos games, foi o destino mais visitado do YouTube em novembro, segundo o "Times". Sua série de ficção "Halo 4: Forward Unto Dawn" foi vista cerca de 27 milhões de vezes.

"A garotada das faculdades pode não estar mais levando as TVs para o alojamento, mas sim o Machinima, porque ele foi inteligentemente construído ao redor do YouTube e está bem ali nos laptops deles", disse ao "Times" Matt Britton, da MRY, uma empresa de marketing de Nova York.

Então o que uma celebridade de Hollywood pode fazer? Alguns estão se voltando para as mídias sociais no esforço de recuperar seu poder. Atores como Charlize Theron e Hugh Jackman usam uma start-up chamada the Audience que, por uma taxa a partir de US$ 5.000 por mês, gerencia a presença de atores e músicos nas mídias sociais.O serviço constrói uma rede de fãs no Facebook, Twitter, YouTube e Google Plus e constantemente posta fotos, comentários e vídeos. "É uma forma inteligente de falar com os meus fãs diretamente e sob medida", disse o comediante britânico Russell Brand ao "Times".

É isso que Hollywood vem tentando fazer. Como disse o crítico David Denby ao "Times" sobre os estúdios de cinema: "Se eles não construírem o seu próprio futuro, estarão cavando a sua própria sepultura".

ANITA PATIL


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