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New York Times

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Google volta seus esforços para iPhone

Por NICK WINGFIELD e CLAIRE CAIN MILLER

Muitas vezes, a compra de um smartphone resume-se à escolha entre o iPhone, da Apple, e outro aparelho movido pelo software Android, do Google.

No entanto, hoje os consumidores já podem ter um iPhone recheado de produtos do Google.

O Google tornou-se um dos mais prolíficos e populares desenvolvedores de aplicativos (apps) para o iPhone, ajudando sua concorrente, a Apple, a ficar cada vez mais atraente aos consumidores.

Ainda que alguns de seus serviços de internet já tenham sido embutidos no iPhone desde o início, o Google reforçou sua presença nos últimos oito meses no aparelho da Apple, lançando novos apps para o iPhone ou aperfeiçoando os antigos. Além disso, a empresa também expandiu seus esforços para contratar desenvolvedores de aplicativos.

A estratégia do Google pode parecer em princípio contraproducente. Mas analistas e executivos de tecnologia dizem que a empresa está simplesmente reconhecendo o óbvio: existe um enorme mercado de usuários de iPhone, um público que pode fornecer dados que permitirão ao Google aperfeiçoar os produtos on-line que geram grande parte de seus lucros.

O apoio do Google ao iPhone também parece uma vitória para a Apple, que ganha dinheiro quando vende um iPhone que é usado para acessar serviços do Google.

Mas os usuários de iPhones que passam muito tempo em apps do Google poderão privar a Apple de dados valiosos de que ela precisa para melhorar seus próprios serviços on-line, como mapas.

Além disso, o uso desses apps pode ajudar o Google a formar uma conexão mais íntima com os usuários de iPhones, o que os tornaria mais propensos a mudar para smartphones com sistema Android no futuro.

"A melhor maneira de recrutar usuários para os equipamentos Android é fazê-los usar os serviços do Google", disse Chris Silva, analista do Altimeter Group, empresa de pesquisa da indústria tecnológica.

Stephen Stetelman, um agente imobiliário em Hattiesburg, em Mississipi, é um usuário de iPhone cuja fidelidade está dividida. A primeira coisa que Stetelman, 25, fez quando comprou um novo iPhone foi baixar os principais apps do Google, como o Gmail, o navegador Chrome e o Google Maps -ele os considera melhores que os apps similares da Apple que vieram com o telefone.

"É um pouco irônico", disse Stetelman. "Mas, honestamente, acho que a graça da Apple está em seu design e em seu hardware. Quanto aos serviços on-line e aos aplicativos, acho que o Google é melhor."

No início da era iPhone, Steven P. Jobs, o ex-executivo-chefe da Apple que morreu em outubro de 2011, não queria que a Apple aprovasse qualquer app para seus equipamentos que substituísse suas funções principais, segundo um ex-funcionário sênior da empresa.

Mais tarde, sob o escrutínio de reguladores federais, a Apple começou a permitir apps para o iPhone, como navegadores, que competissem com importantes aplicativos do celular que vinham de fábrica.

A decisão da Apple de parar de incluir serviços do Google em seus aparelhos obrigou o Google a rapidamente intensificar seu desenvolvimento de softwares para o sistema operacional de celulares da Apple, o iOS.

O Google teve de contratar mais gente para ajudar a projetar rapidamente um Google Maps para o iPhone.

Resultado: o app, amplamente elogiado por críticos de tecnologia, foi baixado mais de 10 milhões de vezes nas 48 horas após seu lançamento em dezembro, segundo Jeff Huber, vice-presidente sênior do Google.


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