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New York Times

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Vidro maleável permite computador de pulso

Por NICK BILTON

James Bond tinha um. O Inspetor Bugiganga e Dick Tracy também. O objeto era um relógio de pulso que também se transformava em computador, radiocomunicador, GPS e televisão.

Embora esses aparelhos tenham sido relegados às HQs de ficção científica e aos filmes de espionagem da era pré-smartphones, o "smart watch" (relógio de pulso inteligente) pode em breve se tornar realidade na forma de um aparelho com vidro curvo feito pela Apple.

Na sua sede em Cupertino, na Califórnia, a Apple está testando aparelhos assim, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Esse relógio funcionaria com o sistema operacional iOS, da Apple, segundo duas pessoas, e se diferencia dos concorrentes a partir do entendimento da empresa a respeito de como esse vidro pode ser dobrado ao redor do corpo humano.

A Apple não quis comentar seus planos. Mas a exploração desse relógio deixa em aberto muitas questões interessantes: se a empresa lançar esse produto, como ele será?

Incluirá o assistente de voz Siri? Terá uma versão do software de mapas da Apple, oferecendo orientações em tempo real a transeuntes numa rua? Poderá receber mensagens de texto? Poderá monitorar a saúde ou as atividades cotidianas do usuário? Poderá ser utilizado para fazer pagamentos com o software Passbook, da Apple?

No ano passado, a Corning, fabricante do ultrarresistente vidro Gorilla, usado no iPhone, anunciou ter resolvido o desafio de criar um vidro maleável, batizado de Willow Glass ("vidro salgueiro", em alusão à árvore com folhas flexíveis).

"Você certamente pode envolvê-lo num objeto cilíndrico, como o pulso de alguém", disse Pete Bocko, diretor de tecnologia da Corning Glass Technologies. "Atualmente, se eu tentasse fazer algo parecido com um relógio de pulso, isso poderia ser feito usando esse vidro flexível."

Os investidores provavelmente abraçariam um iWatch. Já há quem diga que os computadores "para vestir" devem substituir os smartphones ao longo da próxima década.

"Esses aparelhos devem ser mais baratos que um iPhone e podem acabar sendo a melhor resposta da Apple no trato com os mercados emergentes", disse o analista Gene Munster em um relatório.

Mas relógios e óculos "inteligentes" não são as únicas inovações no horizonte. Em um encontro antes de morrer, Steve Jobs, cofundador da Apple, disse a John Markoff, do "New York Times", que, se tivesse mais energia, gostaria de ter encomendado um carro da Apple a Detroit.

Em agosto, Philip Schiller, vice-presidente sênior da Apple para marketing mundial de produtos, disse que a empresa explorou a produção de "coisas malucas" antes do iPhone e do iPad, incluindo uma câmera e um carro.

Enquanto isso, o Google, o maior concorrente da Apple, leva adiante planos para difundir os computadores de uso corporal. Segundo um executivo da empresa, o Google espera que seus óculos dotados de uma tela posicionada acima dos olhos respondam por 3% do seu faturamento até 2015.

Hosain Rahman, executivo-chefe da Jawbone, fabricante do Up, um aparelho de pulso que monitora a energia e o sono do usuário, disse: "Daqui a uma década, não poderemos imaginar a vida sem os aparelhos 'de vestir' que usaremos para acessar informações, destrancar portas, pagar produtos e, principalmente, monitorar nossa saúde".


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