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Opinião

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Painel do Leitor

A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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Atentado nos EUA
Ao ver uma barbaridade como a que ocorreu numa das mais tradicionais maratonas de rua do mundo, fico abismado, como praticante da corrida, por perceber que o esporte que eu considerava uma espécie de refúgio à violência é, na realidade, tão suscetível à insanidade humana quanto qualquer outra atividade.
Espero --e confio absolutamente-- que os bostonianos façam jus a sua fama de entusi-astas do esporte, patriotas e defensores da justiça, punindo os culpados e impedindo que incidentes assim ofusquem a grandeza esportiva.
ROBERT ZAWADZKI PFANN (Curitiba, PR)

Violência
O artigo "3 versus 30", de Eliane Cantanhêde ("Opinião", ontem), que chama a atenção sobre a morte de 29 moradores de rua e mais um viciado em Goiânia, me fez lembrar da pensadora alemã Hannah Arendt, que falava da "banalidade do mal". Enquanto nos indignamos com as mortes de três pessoas em Boston, nos EUA, por aqui temos um holocausto quase diário, e nós estamos perdendo a sensibilidade da indignação.
A banalização da morte e a falta de respeito pela vida no Brasil estão nos tornando um país selvagem. Pobre vida, pobre Brasil!
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

Maioridade penal
Novamente um ato violento praticado por adolescente faz renascer a discussão acerca da redução da idade penal, hoje fixada em 18 anos.
É lamentável que o debate envolvendo questão tão importante só volte à cena política e a ocupar a mídia depois da morte de mais um inocente. Há 16 anos atuo em Campinas como promotora de Justiça da Infância e Juventude, diariamente ouvindo adolescentes autores de atos infracionais. Minha vivência profissional fez com que eu abandonasse a visão romântica de que esses jovens, como vítimas da sociedade consumista, merecem um tratamento benevolente da lei.
ELISA DE DIVITIIS CAMUZZO (Campinas, SP)

Dia do Índio
Os indígenas passaram de primeiros habitantes encontrados pelos portugueses aos últimos, esquecidos por brasileiros, principalmente pelos nossos legisladores e governantes, que não reconhecem os seus direitos constitucionais. Longe aqui de idolatrar indígenas e romantizá-los, mesmo por terem sofrido todos os tipos de barbárie no passado, com a invasão dos europeus, causando-lhes impacto cultural. Contudo a missão mais difícil hoje é lutar contra o inimigo interno, como fazendeiros, garimpeiros, grileiros, madeireiros e até governantes, sem falar nos delinquentes ateadores de fogo.
Não se trata aqui de políticas conservadoras, de isolar os indígenas, deixando-os afastados dos considerados "civilizados", e sim de fazer com que eles tenham acesso às benfeitorias tecnológicas sem perder as suas tradições. Muitos não conseguiram ainda a demarcação de suas terras e ainda sofrem o impacto do encontro com os brancos, com doenças, alcoolismo, prostituição e aculturação.
ALBERTO ALVES MARQUES (Hortolândia, SP)

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Os índios já haviam dito o que queriam. Mas, mesmo assim, invadiram o plenário da Câmara dos Deputados, onde permaneceram por 40 minutos, atrapalhando uma votação. Jamais deveria ter sido permitido que assim o fizessem. O mesmo ocorre com os manifestantes profissionais que hoje perseguem o deputado Marco Feliciano. Ações como essas precisam ser impedidas, pois atrapalham e não se coadunam com a prática democrática. São mais próximas do "sem Deus, nem pátria, nem patrão", que caracterizou a anarquia.
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES (São Paulo, SP)

Justiça Militar
Causou-me perplexidade o artigo "Pela permanência da Justiça Militar", de Ives Gandra da Silva Martins (Tendências/Debates, 15/4), em defesa da existência do Superior Tribunal Militar (STM), principalmente sob o argumento de que ele julga "pelo menos o dobro" do que é julgado pela Suprema Corte dos EUA.
Ora, é sabido que o referido tribunal julga apenas matéria constitucional que, originariamente, continha só sete artigos e, hoje, com as emendas, chega perto de 40. Não é de estranhar ser sua média de julgamento, nos últimos dez anos, de 36 casos. Assim, o argumento do autor em nada o ajuda e posso asseverar que qualquer comarca de primeira entrância julga mais casos que o STM. Aliás, gostaria de saber qual o custo-benefício do STM.
MÁRIO GENIVAL TOURINHO (Belo Horizonte, MG)

Juros e inflação
Com o devido respeito aos membros do Copom [Comitê de Política Monetária], num cenário em que a inflação, há tempos, resiste em convergir para o centro da meta, já ultrapassando a banda superior, não me parece razoável acreditar que essa tímida "puxada" de 0,25 % na taxa Selic vá servir para alguma coisa que não seja dar um arremedo de satisfação ao mercado --o qual, à vista da difusão da alta dos preços, que está longe de se limitar ao tomate, pede que o BC, supostamente o guardião da moeda, saia da letargia em que se encontra e faça alguma coisa.
SILVIO NATAL (São Paulo, SP)

Funeral de Thatcher
Quase R$ 30 milhões para um funeral? Com a atual situação [econômica] do mundo, nem se eu fosse enterrar Jesus Cristo pela primeira vez!
LUIZ REGIS DA COSTA JUNIOR (Paraguaçu, MG)


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