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Kenneth Maxwell

A maldição do 2° mandato

Poucos meses após iniciar seu segundo mandato como presidente dos EUA, Barack Obama está enfrentando dois escândalos embaraçosos e potencialmente prejudiciais.

O primeiro, e mais sério em termos de impacto interno, envolve o Internal Revenue Service (IRS, o serviço de receita federal). E o segundo, a reação de seu governo ao ataque contra o consulado norte-americano em Benghazi, no qual um embaixador norte-americano na Líbia e três outros diplomatas do país foram mortos.

O IRS é a agência de mais baixa popularidade no governo dos EUA. Tem o poder de ordenar auditorias e cuida de recolher impostos. Supostamente independente, não está sujeita a pressões políticas. Mas agora parece que o IRS estava tomando por alvo grupos conservadores e ligados ao Tea Party, para revisão de sua isenção tributária, e já foi revelado que os dirigentes do IRS estavam cientes do fato dois anos atrás.

O ataque em Benghazi ocorrido em 11 de setembro de 2012 também se tornou uma questão importante para Obama, ao menos aos olhos dos republicanos do Congresso.

Surgiram questões sobre as informações divulgadas logo após o ataque pelo Departamento de Estado, das quais foram removidas referências à Al Qaeda e a alertas da CIA sobre terrorismo. Os críticos alegam que isso iludiu o Congresso e o público quanto à ameaça real em Benghazi.

Um relatório fortemente crítico sobre o fiasco em Benghazi, de autoria do veterano embaixador Thomas Pickering e do almirante Mike Mullen, aparentemente apontou, além disso, para "falhas sistemáticas e problemas de liderança nos escalões mais altos do Departamento de Estado", e determinou que a segurança disponível era insuficiente para enfrentar o ataque.

A secretária de Estado na época era Hillary Clinton, que já é a principal candidata democrata à indicação presidencial para o próximo pleito.

Em entrevista coletiva nesta semana, Obama declarou que não toleraria "delitos no IRS". Ele descreveu a perseguição do IRS a grupos conservadores como "revoltante" e "intolerável". Mas também descartou as críticas ao comunicado do Departamento de Estado sobre Benghazi, descrevendo-as como "irrelevantes".

O problema para Obama é que os jornalistas dos EUA já começam a falar de uma "maldição do segundo mandato".

Cumprindo o segundo mandato presidencial, Nixon encarou Watergate, Reagan o caso Irã-Contras, Bill Clinton teve Monica Lewinsky e a ameaça de impeachment, e Bush enfrentou o Katrina, o Iraque e a crise financeira. A menos que seja muito cuidadoso, Obama pode terminar ajudando a tornar realidade essa profecia negativa.


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