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Espionagem
É algo inadmissível o governo norte-americano promover espionagem de cidadãos e empresas em vários países do mundo. Assim, como interpretar o conceito de ética e o comportamento sério que deve prevalecer nas relações internacionais?
O governo brasileiro está tomando providências sobre o caso. Mas causa-nos surpresa o silêncio e a omissão constrangedores de potências europeias. A tecnologia sobre esse assunto deve ser usada em casos de conflito, e não como uma maneira de controlar comportamentos. Esse é, realmente, um fato lamentável.
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
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Existe algo de patético no pedido de satisfação feito pela presidente Dilma aos Estados Unidos em relação à espionagem da NSA. A presidente se acovardou ao nem sequer analisar o pedido de asilo do herói internacional Edward Snowden. Que moral tem agora para exigir explicações dos EUA? Continuamos, assim, dando satisfações ao gigante do norte e não recebendo explicação alguma.
JANAINA ARRAES (Rio de Janeiro, RJ)
Medicina
Conheço muitos docentes, médicos autônomos e estudantes preocupados com a formação médica, que, a cada dia, piora mais. De repente, Dilma, Padilha e Mercadante têm a bela ideia de aumentar o tempo da formação em medicina em mais dois anos, de abrir novas vagas em faculdades sem hospital universitário ou estrutura de ensino e de espalhar serviços de residência médica.
Até acredito que uma reforma curricular dos cursos de medicina é muito necessária. Porém esses dois anos a mais serão um período em que o médico recém-formado irá tapar o buraco da ineficiência do governo em garantir uma política de manutenção e melhoria dos recursos humanos em saúde.
Continuamos tapando o sol com a peneira, mas, agora, temos uma peneira maior.
PAULO SARACENI NETO, médico (São Paulo, SP)
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O problema é mais grave do que se imagina. Por isso, só deveria ser aprovada a abertura de faculdade de medicina no país exigindo, da instituição, hospital, corpo docente e residência médica garantida para todos os egressos. Caso contrário, podem vir 2030, 2050 e o problema se arrastará por mais 500 anos.
MARCELO FRANZOSO, médico (Poços de Caldas, MG)
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Quem mora na periferia urbana e nas pequenas cidades sabe das dificuldades encontradas pela população para conseguir uma consulta com um médico pelo menos uma vez por ano. Por isso, sou favorável à importação de médicos, apesar de saber das dificuldades encontradas também pelo profissional de saúde nas pequenas cidades, devido à falta de infraestrutura e sem a mínima condição digna de trabalho.
MÁRIO HERMELINO FERREIRA (São Paulo, SP)
Heliópolis
Várias famílias encontram-se desalojadas na favela de Heliópolis, em São Paulo, em razão de mais um incêndio no local, inclusive com vítimas fatais. Infelizmente, eventos dessa natureza continuarão a ocorrer enquanto aquelas pessoas não tiverem um local digno para morar, com infraestrutura providenciada pelo poder público. Rapidamente, o prefeito de São Paulo apareceu com a sua cota de populismo, ofertando um aluguel social no valor de R$ 400, algo completamente fora da realidade local, pois nem na favela se aluga alguma coisa por esse valor.
MARCO ESTEVES BALBI (Rio de Janeiro, RJ)
Plebiscito
A propósito dos artigos publicados na seção Tendências/Debates do último sábado (6/7) em relação à pergunta "Plebiscito é o melhor caminho para a reforma política?", digo o seguinte: cansado de ser protagonista de segunda ou de última categoria nessa nossa alquebrada e indecorosa democracia representativa, felicito as proposições expostas pelo jornalista Breno Altman ("Para reinventar a democracia"), favoráveis ao plebiscito como o melhor caminho para a reforma política e tantas outras reformas que, de longa data, são indispensáveis ao aperfeiçoamento social, político e econômico do nosso país.
CELSO GUERINI (Florianópolis, SC)
Protestos
A entrevista do sociólogo italiano Paolo Gerbaudo (Entrevista da 2ª), competentemente conduzida por Bernardo Mello Franco, é o depoimento mais completo e lúcido aparecido na imprensa sobre os protestos mundiais que invadem as ruas das grandes cidades. O ponto alto de sua análise está na percepção de que o alcance das manifestações vai muito além das demandas concretas por isso e por aquilo.
Para ele, as promessas de Dilma são insuficientes para acalmar a ira popular. A conclusão de Gerbaudo é a de que a crise que agita as ruas não é somente política (de representação), e sim social e existencial. Nem a sociedade, nem cada um de nós sabe a que se ater na vida, perturbados na nossa identidade, nos nossos projetos e sem um norte para guiar nossos passos.
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)
FAB
Sobre as viagens de Renan Calheiros, Henrique Alves e Garibaldi Alves em aviões da FAB, gratuitamente e com propósitos meramente particulares, ninguém atinou para a questão mais importante e crucial do problema: quais foram, em cada caso, os militares graduados da Aeronáutica que autorizaram o uso dos aviões em tais circunstâncias? Quaisquer que sejam as suas patentes, será que, porventura, ignoraram os dispositivos constitucionais que restringem o uso das aeronaves da FAB por autoridades dos três Poderes da República? Se não ignoravam, como presumimos, por que então permitiram tais absurdos?
ANTONIO DE GODOY BARTOCCI (Vinhedo, SP)
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