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Renato Andrade

Resta um

BRASÍLIA - A definição sobre o futuro do julgamento do maior escândalo político do governo Lula está nas mãos de um único ministro do Supremo Tribunal Federal.

Caberá a Celso de Mello decidir, na próxima semana, se alguns dos condenados terão direito a um novo julgamento, o que pode arrastar a conclusão do processo e beneficiar figuras centrais do mensalão.

A depender do que o ministro já disse sobre os novos recursos, há chances concretas de o processo se estender por pelo menos mais um ano, acrescentando assim novo ingrediente à corrida eleitoral de 2014.

Mas ninguém, dentro ou fora do Supremo, se arrisca a cravar se a defesa dos recursos feita pelo ministro no ano passado está refletida no voto que será conhecido no início da tarde da próxima quarta-feira.

Até lá, a pressão sobre o decano será enorme. Com a corte dividida, cada lado tentará convencer o ministro ao longo dos próximos dias a endossar seus argumentos.

Esse jogo foi iniciado ontem mesmo. Os ministros Marco Aurélio e Gilmar Mendes se estenderam o quanto foi possível em seus votos para que a sessão fosse encerrada antes da fala de Celso de Mello.

A estratégia montada para ganhar tempo foi clara.

Marco Aurélio também reconheceu o peso que foi jogado nas costas do colega quando afirmou que a solidariedade não pode ser praticada de forma absoluta.

"Se pudesse, não jogaria sobre os ombros, que entendo largos, a responsabilidade pela definição da matéria pelo ministro Celso de Mello."

Para completar o quadro de indefinição que vai perdurar até a semana que vem, o próprio decano, ao ser questionado se teria "evoluído" de sua posição sobre os embargos infringentes, respondeu de forma enigmática: "Acho que não evoluí. Será que evoluí?".

Alguém na plateia se arrisca a responder essa pergunta?


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