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Paula Cesarino Costa

Rocinha, Beltrame e o futuro

RIO DE JANEIRO - Sua imagem está em todo tipo de produto. Suas ruas são percorridas por turistas, cineastas e, sobretudo, pelos cerca de 70 mil moradores. A maior e mais famosa favela do Brasil é estudada por urbanistas, sociólogos e economistas. Sua história é de disputas sangrentas pelo controle do tráfico de drogas. Bem-te-vi, Dudu, Lulu e Nem se sucederam como donos do morro. Hoje estão presos ou mortos.

Em tempos de pacificação, a Rocinha mantém o protagonismo. Sua UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) completa um ano sob acusações de abusos e irregularidades por parte de policiais. Não é um caso fácil.

Durante muito tempo, quase nenhum carioca, do morro ou do asfalto, tinha esperança de que seria possível reconquistar territórios dominados pelo tráfico. A implantação das UPPs no primeiro mandato de Sérgio Cabral transformou o clima da cidade e foi decisiva para a sua reeleição.

Na berlinda hoje está o major Edson Santos, primeiro comandante na Rocinha, exonerado após o sumiço de Amarildo, caso que só fez aumentar os gritos contra o governador.

O tema da pacificação já é objeto de campanha antecipada. Cabral diz que eventuais problemas na Rocinha não vão "manchar" o projeto das UPPs como um todo. Depois de muita especulação, anunciou que o secretário José Mariano Beltrame não será candidato a nada.

Beltrame assegura que em nenhum momento a mosca da política o mordeu. Mas foi pressionado. Seu plano de segurança vai até 2018. Se o vice Luiz Fernando Pezão for o próximo governador, pode continuar. Se perder, fica difícil convencer Beltrame a permanecer na secretaria.

Como policial federal, Beltrame conheceu e estudou muito os crimes por todo o país. Já pôs a mão na massa regionalmente. Está pronto para empreitadas maiores, mas na área da segurança pública, não na da política, avisa.


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