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Crime foi ação de profissionais, diz legista

PETRÔNIO VIANA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MACEIÓ

Alçado à fama após contestar a primeira versão oficial do caso PC Farias --a do homicídio-suicídio--, o médico-legista George Sanguinetti passou quase dez anos cercado por seguranças em razão de suas afirmações.

Hoje protegido por uma fortaleza de cercas elétricas, cães de guarda e um vigia, ele reacende a polêmica: foi um crime "político e financeiro" cometido por "profissionais", disse à Folha.

"Quem matou era profissional. É inquestionável", diz o legista, mostrando fotos da cena do crime, ocorrido há quase 17 anos, e da necropsia de PC --todas afixadas metodicamente na parede.

"Esse tiro não foi dado por Suzana, e PC não recebeu esse tiro no local [cama]. Um ferimento estranhamente limpo, sem sangue nenhum. Levantei essa questão e disseram [defensores da outra tese] que PC era gordo e gordos não sangram."

Sanguinetti diz ter sido ameaçado em telefonemas anônimos e que policiais civis chegaram a rondar sua casa no auge da polêmica.

Embora não fosse perito oficial do caso, sua manifestação foi anexada ao processo. Depois a Justiça determinou nova perícia que concluiu pelo duplo homicídio.

Suas impressões não foram consideradas oficialmente no processo, mas ele ganhou fama como "legista do caso PC" e foi eleito vereador em Maceió em 2000. Em 2012, tentou de novo e ficou na suplência.

Também passou a ser consultor em perícias e atuou em casos de repercussão, como a morte da menina Isabela Nardoni, contratado pela defesa do casal Nardoni.

Sobre o caso que lhe deu fama, o legista arrisca que Suzana foi arrastada por uma trama de poder e dinheiro.

"Usaram Suzana na morte de PC para fundamentar o crime passional. Conheço casos em Alagoas que, quando se vai matar alguém, já se sabe até quem vai responder pelo crime. Quem tem poder politico e financeiro fica a salvo. É o caso", afirma.


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