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Local virou 'morro do Alemão', diz fazendeiro

DE CURITIBA

Dono da fazenda onde um índio foi morto anteontem em confronto com a polícia em Mato Grosso do Sul, o produtor rural Ricardo Bacha, 64, afirmou que o local se tornou um "morro do Alemão", referência à favela do Rio que era controlada por criminosos, e cobrou intervenção federal.

"A única solução é o governo vir com uma missão pacificadora, como teve no morro do Alemão. Porque aqui virou um morro do Alemão, um conflito com tanta proporção. O governo tem que pacificar a área e dar a terra para os índios --90% dos produtores se dispõem a vender, mas a preços reais", afirmou à Folha por telefone.

Bacha lamentou a morte no confronto, mas disse que os índios estão armados há pelo menos quatro anos.

"Ou morreria índio ou morreria produtor. Nesse caso, morreu índio porque não tinha produtor."

Ecoando o coro de ruralistas que vêm criticando a atuação do Planalto na questão fundiária indígena, Bacha afirmou que o governo vem sendo "omisso e insensível".

"O grande responsável é o governo, que fez ouvidos moucos [fez-se de surdo] ao que estamos alertando. [...] O governo não quer meter o bico nesse conflito, não é prioridade, e precisa ser", disse.

Sobre a posse da fazenda Buriti, ele afirma que a decisão vigente derrubou a portaria federal de 2010 que declarou a área como indígena. E defende o uso de armas.

"Você está em casa, indefeso, na perspectiva de ser invadido por um bando de pessoas. O que você tem que fazer para defender sua vida? Você vai se armar."


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