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Afif se prepara para assumir governo de SP

Vice de Alckmin e ministro de Dilma chefiará Executivo paulista por três dias, durante viagem de tucano à França

Parecer da Advocacia-Geral da União permite acúmulo de funções desde que Afif se afaste do cargo federal

PAULO GAMA DE SÃO PAULO

Vice-governador de São Paulo e ministro da Micro e Pequena Empresa no governo federal, Guilherme Afif Domingos (PSD) está pronto para assumir amanhã a chefia do Executivo paulista.

Ele deve ficar no cargo de governador até quarta-feira, período em que Geraldo Alckmin (PSDB) estará na França como integrante da comitiva que representa a candidatura da capital paulista a cidade-sede da Expo 2020.

Usando como base um parecer da Advocacia-Geral da União, Afif pedirá para deixar o cargo de ministro assim que for informado de que Alckmin embarcará --o que não havia acontecido. A viagem do tucano está marcada para amanhã à noite. Ontem ele avisou oficialmente o Legislativo sobre sua ausência.

Afastado do cargo federal, Afif estaria apto a chefiar o Estado, segundo a AGU. Com o retorno de Alckmin, seria novamente nomeado ministro por Dilma Rousseff.

Em São Paulo desde ontem, quando cumpriu compromissos como representante da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ele não agendou reuniões nem eventos como ministro nos três primeiros dias da semana que vem, período em que Alckmin ficará fora do Brasil.

Também não comunicou ao Legislativo paulista por quanto tempo pretende permanecer no Estado --o que tem feito semanalmente desde que assumiu o ministério, por exigência da legislação.

Afif avisou a interlocutores que, uma vez no comando do Estado, fará questão de estabelecer uma agenda como governador --mas ainda não decidiu se fará eventos públicos ou apenas protocolares.

"Vai sentar na cadeira de governador e cumprir todas as funções devidas", afirma um aliado. Desde que foi nomeado ministro de Dilma Rousseff, no início de maio, questiona-se se Afif pode acumular o cargo com o de vice-governador do Estado.

A dupla função motivou a abertura de um processo na Assembleia Legislativa de São Paulo. O Ministério Público Estadual e a Comissão Geral de Ética do governo paulista emitiram pareceres contrários à permanência de Afif no cargo de vice-governador (leia texto ao lado).

Apesar de ter feito elogios públicos à nomeação de Afif, Alckmin se incomoda com a aproximação de seu vice com o governo petista.

O mal-estar entre os dois se iniciou quando Afif trocou o DEM pelo PSD --o que motivou sua saída de uma secretaria estadual-- e chegou ao ápice com sua entrada na administração federal.

O governador chegou a sugerir a possibilidade de não ir à França para evitar que Afif assumisse, mas descartou a hipótese e confirmou a aliados que vai embarcar.

Auxiliares de Alckmin classificaram a posse de Afif como uma "afronta", mas acreditam que ele assume o cargo inclusive para mostrar que não há impedimentos para manter as duas funções.


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