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Aécio convida prefeito de BH a trocar de partido para concorrer ao governo

Pressionado pela cúpula do PSB, Márcio Lacerda vira opção tucana para sucessão de Anastasia

PSDB antecipa debate sobre sucessão mineira em resposta à ação do Planalto para turbinar candidatura de Pimentel

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

Impelido pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE) a disputar o governo de Minas Gerais em 2014, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), sofre pressão no mesmo sentido do senador Aécio Neves e seu grupo político no PSDB mineiro.

O PSDB até já formalizou convite para que Lacerda deixe o partido de Campos e se filie à sigla, apurou a Folha.

As pressões de Campos e Aécio, potenciais candidatos à Presidência da República, têm motivos distintos.

Campos tenta montar um palanque forte em Minas, capaz de lhe ajudar a conquistar votos no segundo colégio eleitoral do país e quintal do seu concorrente tucano.

Aécio busca um nome competitivo, para enfrentar em condições de igualdade o candidato petista, que deve ser o ministro e ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (Desenvolvimento).

Bem avaliado na capital, Lacerda é tido por Aécio e pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) como um nome afinado com a gestão implantada desde 2003 no Estado, sob o comando do PSDB.

O assédio ocorre também porque o PSDB não tem um nome natural e forte para suceder Anastasia. Nas pesquisas internas do partido, Pimentel aparece à frente de todos os aecistas que se apresentaram à disputa --quatro tucanos e o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP).

Para um articulador de Aécio, é "questão de tempo" até Lacerda aceitar a tarefa.

O prefeito, contudo, mantém a atitude de evitar a candidatura. Diz querer cumprir o segundo mandato na prefeitura da cidade, mas espera o aumento da pressão.

O que mais pesa em sua decisão é o fato de não querer concorrer com Pimentel, amigo dos tempos do combate à ditadura, em que pese eles terem se distanciado no ano passado, quando Lacerda rompeu a aliança com o PT.

Essa é a barreira maior que Aécio terá que vencer. Nesse jogo, os tucanos até admitem que o prefeito se filie a uma sigla aliada, apesar do convite do PSDB.

O que para Lacerda parece cada vez mais certo é que as pressões e os apelos de Campos não terão efeito. Independentemente da posição que ocupar em 2014, se prefeito ou candidato a governador, ele deverá apoiar a candidatura presidencial de Aécio.

Lacerda é grato ao senador pela sua reeleição, depois que rompeu com o PT.

A Campos restaria buscar outro nome que lhe dê o palanque em Minas. Além disso, ele terá que resolver o impasse no comando do PSB-MG, já que Walfrido dos Mares Guia, presidente regional, é apoiador da reeleição da presidente Dilma Rousseff.


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