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Dilma atropela o Congresso, diz oposição

Para presidentes de PSDB, DEM e MD, Planalto tenta desviar a atenção; cúpula do Congresso não se manifestou

Após reunião com a petista, governadores cobraram mais verbas para a saúde, entre eles Eduardo Campos (PSB)

DE BRASÍLIA

A oposição acusou a presidente Dilma Rousseff de atropelar o Congresso Nacional ao propor o plebiscito sobre uma Constituinte exclusiva para a reforma política.

Os presidentes do PSDB, do DEM e da Mobilização Democrática (MD) afirmaram que a presidente tentou desviar a a atenção.

"Ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios da população. [...] A presidente esqueceu que seu partido governa o país há mais de dez anos", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Como as consultas populares são de competência do Congresso, caberá ao Legislativo viabilizar a proposta apresentada pela presidente.

A oposição disse ser favorável à consulta popular sobre a reforma política, mas discordou da convocação de uma Constituinte específica.

"A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal", disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), não se manifestaram sobre o tema.

MAL-ESTAR

Apesar da simbólica presença de governantes de todos os partidos na reunião de ontem com Dilma, um mal-estar marcou a reunião. O debate sobre reajuste de tarifa foi alvo de discórdia.

Segundo participantes, Dilma interrompeu prefeitos sob o argumento de que eles não poderiam deter novos reajustes num médio prazo. "Peraí, esse assunto eu estudei", teria reagido Dilma, segundo relatos.

"Cada cidade tem uma realidade diferente. Por isso, não chegamos a um acordo e foi criado um grupo de trabalho", disse o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Os recursos para saúde também foram alvo de críticas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), fez caretas ao ouvir a intervenção do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Alckmin defendeu mais verbas. Na saída, repetiu: "Precisamos de mais investimentos." Ao deixar o Palácio, Eduardo Campos (PSB-PE) endossou as críticas:

"No pacto da saúde, não tem dinheiro novo. Não vai melhorar a saúde se a União não puser dinheiro", afirmou o governador, pré-candidato ao Planalto em 2014.

O governador de São Paulo disse concordar com a ideia de uma assembleia exclusiva."Mas algumas reformas poderiam ser mais rápidas. Não precisamos esperar por um plebiscito". (GABRIELA GUERREIRO E CATIA SEABRA)


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