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Para prefeito e governador, queda reflete insatisfação
Alckmin e Haddad dizem que vão trabalhar mais
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cuja aprovação caiu 14 pontos em três semanas segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, disse que a sociedade "está insatisfeita com a representação politica" e "é importante ouvir a população".
"Cabe a todos nós ter a humildade de ouvir, de compreender essa manifestação e de agir. Não é fazer discurso, é trabalhar, é governar, é cortar gasto, é aumentar investimento", declarou ele.
A avaliação positiva do governador foi de 52% em 7 de junho, antes do início das manifestações, para 38%. Alckmin foi criticado pela ação da Polícia Militar, que primeiro agiu com violência durante protestos e depois, diante das críticas, teria reduzido o rigor no combate ao vandalismo.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que segundo a mesma pesquisa Datafolha perdeu 16 pontos de aprovação em três semanas, comentou: "Na vida real, o mandato dos políticos não tem mais quatro anos. Em seis meses, as pessoas querem saber qual é a novidade. A tolerância é muito menor".
A avaliação positiva do petista recuou de 34% para 18%, e sua reprovação (soma dos julgamentos ruim e péssimo) subiu de 21% para 40%.
À semelhança de Alckmin, Haddad afirmou que a resposta à queda de popularidade é trabalhar mais. "Temos que antecipar cronogramas", disse o prefeito, que vistoriou ontem o funcionamento da faixa exclusiva de ônibus implantada na marginal Pinheiros (zona sul de São Paulo).